Saúde na Madeira não merece complexos, diz Albuquerque
Desde 1999, cerca de 160 mil mulheres foram rastreadas ao cancro da mama na Madeira, informou ontem o diretor do Serviço de Ginecologia/Obstetrícia, Joaquim Vieira, numa erimónia que visou assinalar o 20.º aniversário deste diagnóstico na Região.
O Serviço de Saúde da RAM (SESARAM), recebeu hoje (dia 2 de maio), na Sala de Conferências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, 63 jovens enfermeiros que irão iniciar funções na instituição a partir desta quinta-feira.
Alinhado com o ‘Plano de Contingência Saúde Sazonal – Módulo Verão 2019’ da Direção Geral da Saúde (DGS), que entrou em vigor esta quarta-feira e, adequando os referenciais nacionais à Região, o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE) já apresentou o Plano de Contingência para o Verão.
Num arquipélago em que 16% da população tem mais de 65 anos, os episódios relacionados com queda são da ordem dos 10%.
Destes, 6% implicam internamento com custos por paciente da ordem dos 4100 euros.
Ponta do Sol foi o concelho escolhido pelo SESARAM para a abertura da primeira Unidade de Saúde Familiar, que abrange cerca de cinco mil utentes.
As três freguesias da Ponta do Sol possuem um centro de saúde, que disponibilizam aos utentes do concelho serviços vários como de medicina familiar, saúde infantil, juvenil, escolar, do adulto e do idoso, saúde materna, revisão de puerpério, consultas de enfermagem, vacinação, nutrição, psicologia, alcoologia, entre outros.
Todos sabemos o quanto o grupo de pares pode influenciar o comportamento de um jovem. E é neste confronto com a pressão dos amigos que podem ser tomadas boas ou más decisões.
Serão, então, os jovens naturalmente mais vulneráveis e, por isso, mais propensos a assumirem riscos sem uma avaliação prévia das consequências?
A tendência dos adultos é de, erradamente, os apelidarem de irresponsáveis e inconsequentes sem, no entanto, procurarem uma explicação para perceber as transformações que ocorrem na sua vida, tanto no campo biológico, nas alterações do corpo devido à puberdade, como também no âmbito cognitivo, psicológico e emocional.
A adolescência é um período em que os desenvolvimentos psicofisiológicos são intensificados pelos fatores ambientais, nomeadamente pessoais, familiares, sociais e as mudanças comportamentais para todos sabemos o quanto o grupo de pares pode influenciar o comportamento de um jovem. E é neste confronto com a pressão dos amigos que podem ser tomadas boas ou más decisões. caraterísticas desse período, como a propensão para correr riscos, estão relacionadas com à imaturidade neurológica.
Logo, a capacidade de calcular os custos e os benefícios de uma decisão, quando expostos a uma situação de risco, poderá não ser tida em consideração, e contribuir para a apresentação de comportamentos desviantes.
Nesta fase da vida quando o adolescente é exposto, por exemplo, a um elogio reage muito mais fortemente do que uma criança ou adulto. Esta particularidade torna-os, por isso, mais suscetíveis e influenciáveis.
O jovem quando interage com o seu grupo de amigos desenvolve sentimentos positivos como a sensação de bem-estar e alegria, como resultado da forte identificação de grupo que se traduz na partilha de valores e ideias e onde experimentam novas vivências e emoções que podem ter consequências negativas para o seu normal desenvolvimento.
É nesta fase da vida do jovem e no contexto da relação pais-filhos que é importante que os laços de proximidade se estreitem, proporcionando um ambiente familiar favorável à promoção de uma comunicação clara e aberta com base na confiança e compreensão mútua.
O envolvimento parental torna-se, portanto, fundamental para que o jovem possa desenvolver a sua autonomia num ambiente familiar de segurança, proteção e afetividade.
MÓNICA PEREIRA
Socióloga - Instituto de Administração da Saúde
Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências
In “JM-Madeira”