Está criada a Comissão de Apoio à Vacinação da covid 19. Herberto Jesus diz que a Região vai seguir as orientações europeias, mas os grupos de risco serão definidos de acordo com a realidade regional.

Já está criada a Comissão de Apoio à Vacinação da covid 19, coordenada pelo diretor regional da Saúde. Na próxima semana, os sete membros deste grupo de trabalho terão a primeira reunião formal. A nova estrutura é composta por elementos da Direção Regional de Saúde e do SESARAM (ver destaque), de diferentes áreas de atuação, ao nível estratégico e operacional.

Herberto Jesus, que lembrou que no âmbito da estratégia europeia de vacinação da covid-19 foi criado, ao nível nacional, um grupo de trabalho para gerir a situação no País, adiantou ao nosso Jornal que a nova estrutura regional vai funcionar de forma integrada. O que não quer dizer que a Região, que vai adquirir 200 mil vacinas, não vá definir orientações próprias, admitiu o responsável.

Emanadas as diretrizes pelas entidades europeias e nacionais, a verdade é que “nós vamos analisar todos os critérios estabelecidos para o nosso País, e, de acordo com a nossa sensibilidade e vivência regional, nunca pondo em causa a segurança do procedimento, iremos definir os grupos prioritários”.

Questionado sobre a prioridade para os grupos de risco e faixas etárias, Herberto Jesus garantiu que, atualmente, “nenhum grupo etário está posto de parte”, lembrando que inicialmente o intuito era abranger o maior número de pessoas. “Nos próximos dias vamos tentar perceber se a vacina é eficaz em determinados grupos etários. A nossa decisão terá a ver com conhecimento científico sobre a eficácia nos diferentes grupos etários. Não pomos nenhuma exclusão de grupos, vamos ver o que é mais eficaz para o bem de todos”.

Confrontado com notícias nacionais dando conta que a prioridade de vacinação no País será para os grupos de risco entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, o diretor regional de Saúde respondeu que “ainda é muito cedo” para apontar esses dados. “Nós sabemos que as vacinas foram testadas essencialmente nos grupos etários entre os 20 anos e os 60 anos. Mas o facto de terem sido testadas nesses grupos não significa que não podemos utilizar noutros grupos”.

Herberto Jesus sublinhou que, estando ou não definidos grupos prioritários, a vacinação é um processo longo. “Vai abarcar o ano de 2021. É um processo de muita vigilância”. Quando a vacina for aprovada pela Agência Europeia do Medicamento, os países poderão começar a adquirir. “Veremos qual será o calendário e quais os grupos mais pertinentes e onde há maior eficácia”. A vacina virá dar alguma proteção, mas não significa que a doença desapareça definitivamente, rematou.

Membros da comissão

Herberto Jesus - diretor regional da Saúde

Bruna Gouveia - sub-diretora regional da Saúde

Maurício Melim- Autoridade de Saúde do município do Funchal

José Júlio Nóbrega – diretor-clínico do Hospital Central do Funchal

José Manuel Ornelas -  enfermeiro-diretor do Hospital Central do Funchal

Martinha Garcia - diretora do serviço de Farmácia do Hospital Central do Funchal

Carla Carvalho - coordenadora do núcleo de tecnologias e sistemas de informação do SESARAM

 

In “JM-Madeira”