Depois de um mês de junho quase sem casos, julho acabou com 9 casos positivos.
Depois de entrar em funcionamento, a Unidade de Rastreio e Vigilância à covid-19 do IASAÚDE, que entrou em funcionamento a 1 de julho, com a reabertura do arquipélago ao turismo e às viagens aéreas, já detetou quase duas dezenas de casos positivos, em apenas um mês.
Em junho, a RAM chegou a estar praticamente o mês todo sem casos, facto que se alterou substancialmente no mês seguinte, logo depois da reabertura do aeroporto, a principal porta de entrada na nossa ilha. De março até junho, o aumento dos casos positivos situou-se nos 5,9%, enquanto em apenas um mês subiu para os 6,1% de casos confirmados, tendo em conta o total de casos suspeitos verificados pelas autoridades de saúde.
No dia 1 de julho, o IASAÚDE dava a conhecer os últimos números da situação epidemiológica na RAM. Desde 1 de março tinham sido detetados 92 casos positivos da doença, apenas dois continuavam ativos e em situação de isolamento.
Estes dois casos ativos contrastavam com os 90 casos já recuperados. Ou seja, em quatro meses (120 dias), a Região estava com dois casos ativos, dos 1.547 casos suspeitos, 92 confirmados, 1.455 casos não confirmados, 369 contactos em vigilância ativa e 1.353 casos de vigilância passiva. Um mês depois, a Região estava com 9 casos ativos, dos 1.565 casos suspeitos, 106 confirmados, 1.459 casos não confirmados, 5.926 contactos em vigilância ativa e 7.720 casos de vigilância passiva.
Vigilância ‘drástica’ muito ativa
Os casos confirmados são mais de 15%, enquanto os casos de vigilância ativa aumentaram de forma drástica. No cômputo geral, ou seja, na vertente passiva e ativa, os casos de vigilância pelas autoridades de saúde já ultrapassam as sete mil pessoas, residentes, turistas e viajantes. É muito provável que os dias com casos não confirmados sejam muitos menos e os de casos positivos sejam muito mais. Agora também se percebe mais a medida da obrigação da máscara, um dos fatores que pode verificar-se essencial para a proteção de todos, principalmente devido ao drástico aumento de vigilância ativa que se vai manter nos próximos tempos.
Por Paulo Graça
In "JM-Madeira"