O secretário regional da Saúde já se reuniu com as ordens profissionais para preparar o regresso das atividades da área da saúde suspensas pela pandemia. Até ontem à noite, todas tinham de enviar os seus contributos para auxiliar a tomada medidas.

 

O secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, já se reuniu com as ordens profissionais e aguardava até ontem a chegada de todas as propostas para definir posteriormente os termos da retomada das diferentes áreas ligadas à saúde.

 

“A todas as ordens foram solicitados contributos para auxiliar na definição do plano de retoma da atividade nas diferentes áreas da saúde na Região Autónoma da Madeira”, informou fonte do gabinete do secretário regional da Saúde.

 

Em dois dias, Pedro Ramos reuniu-se com uma associação e seis ordens profissionais ligadas ao setor. No primeiro dia, a 30 de abril, o governante videoconferenciou com as ordens dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos.

 

Depois, a 2 de maio, voltou a reunir-se, desta vez com a Associação dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, presidida por Marisa Gonçalves, e com a Ordem dos Dentistas, cuja delegação regional é liderada por Gil Alves. No mesmo dia, houve ainda mais duas reuniões: uma com Carlos Renato Carvalho, presidente da delegação regional da Ordem  dos Psicólogos, e outra com Bruno Sousa, presidente da delegação da Ordem dos Nutricionistas.

 

O contributo destas organizações permite, por um lado, perceber se cada uma das áreas está preparada para regressar à atividade, ainda que em termos diferentes dos anteriores, e, por outro lado, recolher a informação para definir as condições a laborar brevemente.

 

O Governo Regional tem em marcha um plano de desconfinamento gradual e setorial da atividade económica.

 

A primeira medida de alívio foi a reabertura das indústrias transformadoras e extrativas e o setor da construção civil, que decorreu sem percalços de casos positivos por covid-19.

 

A segunda – e mais expressiva até ao momento – foi tomada com o fim do estado de emergência e a passagem a estado de calamidade, no início desta semana. Foi nesta fase que grande parte do comércio regressou à atividade, sob apertadas medidas de segurança. Há, contudo, uma parte gigante da economia que permanece paralisada, nomeadamente bares, restaurantes (exceto o take-away), todo o setor do turismo, entre outras. As atividades desportivas, o acesso às praias e os ginásios também estão fechados.

 

Os ginásios e a hotelaria deverão ainda demorar até voltarem a abrir portas, mas os restaurantes e bares aguardam com expetativa pela declaração de Miguel Albuquerque, na sexta-feira, onde deverá anunciar mais um conjunto de atividades que deverão abrir. Os empresários da restauração aguardam que esta sexta-feira seja a vez deles.

 

O mesmo sucede com as atividades ligadas ao setor da saúde que estiveram reunidas esta semana com Pedro Ramos. A rapidez das reuniões e o pedido para que os contributos chegassem até ontem podem querer indicar que, pelo menos, alguns destes profissionais, nomeadamente os dentistas, poderão retomar atividade.

 

Num tempo volátil como o que vivemos, Pedro Ramos tranquilizou, no entanto, ontem, os mais ansiosos ao afirmar que os novos quatro casos que surgiram nas últimas 24 horas não comprometem o plano de reabertura do Governo.

 

Por Alberto Pita

 

In “JM-Madeira”