Às 00h00 desta quarta-feira, o uso da máscara passa a ser uma obrigação em todas as atividades de contacto com o público.

O uso da máscara de proteção individual será obrigatório a partir das 00h00 desta quarta-feira, já na próxima madrugada, em todas as atividades profissionais que impliquem contacto com o público.

A utilização generalizada das máscaras chegou a ser ponderada como uma obrigação, mas Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, deixou claro no último sábado, 18 de abril, em videoconferência de imprensa, que o Executivo decidiu apenas recomenda por agora o uso de máscaras comunitárias a toda a população, consoante forem sendo atenuadas as medidas restritivas.

Mesmo não sendo algo obrigatório, o seu uso é uma atitude de responsabilidade por cada um e pelos que o rodeiam, nomeadamente em “espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, bem como nos transportes públicos, no interior dos espaços comerciais e em qualquer situação que implique a circulação na via pública, com exceção das deslocações de curta duração para efeitos de atividade física”.

Por sua vez, esta recomendação passa a obrigatória a partir da meia-noite do dia 22 de abril, apenas para os profissionais e pessoal de todas as atividades em contacto com o público, que neste momento estejam em funcionamento.

Nos setor abrangido pelas regras que entram em vigor estão incluídos hiper, super e minimercados, padarias, frutarias, peixarias, talhos, distribuição agroalimentar, confeção e entrega ao domicílio e take away, venda de produtos dietéticos naturais, lojas de ferragens, lavandarias, vendas de eletrodomésticos, venda de combustível para uso doméstico, tabacarias e quiosques, casas de óculos e lentes, farmácias, locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, bancos, distribuição postal e oficinas de reparação de automóveis. A todas estas, acrescentam-se as atividades em que o Governo Regional vá levantando as restrições, algo que será feito de forma faseada e controlada.

Note-se que a responsabilidade por assegurar que todos os funcionários usam máscara é das entidades empregadoras. Não obstante, o Governo Regional vai assegurar fiscalização adicional, através da Inspeção Regional do Trabalho.

População aguarda máscaras. São cerca de 250 mil as máscaras reutilizáveis encomendadas pelo Governo Regional para serem distribuídas, duas por residência, pela população.

A distribuição começou a ser feita no dia 17 de abril, por duas freguesias funchalenses, sendo que vários leitores questionaram ao JM quando iriam receber as suas máscaras em casa. O Jornal tentou perceber, junto da tutela da saúde, como decorre o processo de distribuição, não tendo obtido resposta em tempo útil.

Preço máximo para equipamento de proteção

Atendendo a que o Governo Regional determinou recomendar o uso de máscaras de proteção, o que faz com que, conforme realça o deputado Ricardo Lume, “o acesso às máscaras em estado de alarme sanitário” se tenha tornado “um bem de primeira necessidade”, o PCP apresentou um projeto de Decreto Legislativo Regional que determinada a fixação de um preço máximo, em especial, para máscaras, álcool gel, luvas, equipamentos de protecção individual e outros artigos sanitários.

Recomendações de utilização

1 Antes de colocar a máscara, lave as suas mãos com água e sabão e/ou desinfetante à base de álcool.

2 Cubra a boca e nariz, assegurando que a máscara fica ajustada, sem espaço entre a máscara e o rosto.

3 Não toque na face, nem na máscara, se a tiver colocada. Se o fizer, lave rapidamente as mãos.

4 Para retirar a máscara, faça-o de trás para a frente, tocando apenas nos elásticos. Não toque na parte da frente nem a deixe colocada no pescoço.

5 Coloque a máscara descartável diretamente num contentor fechado ou num balde do lixo, fechando o saco. No caso das máscaras de tecido, deve substituir a sua proteção interior e lavar a máscara a 60ºC. Lave as mãos com água e sabão e/ou desinfetante.

6 Não reutilize a máscara se esta for descartável. Se, durante a utilização, ela estiver suja ou húmida, deite fora e troque por uma nova.

Catarina Gouveia

In "JM-Madeira"