Os doentes das casas de saúde mental de São João de Deus e Câmara Pestana, no Funchal, estão na mesma situação que os idosos internados nos lares e que os doentes nos hospitais: isolados, presencialmente, dos familiares e amigos.
Luís Filipe Fernandes, psiquiatra e diretor clínico de ambas as instituições de saúde mental para adultos, diz ao JM que foram reforçadas as atividades psicoterapêuticas com os doentes, sejam eles casos de situações agudas, sejam eles situações de depressão.
Continuam contactáveis
O diretor clínico das casas de saúde mental de São João de Deus e Câmara Pestana relembra que não lhes foi cortado o acesso à internet e ao telefone (como era habitual em determinado período do dia) e garante que a reação a esta necessidade de ficarem isolados foi melhor do que a de muitos que 'vivem em liberdade'.
O psiquiatra madeirense diz que está a haver uma ótima colaboração dos doentes com os pro- fissionais de Saúde e que estes últimos também têm reforçado a atenção para com os utentes no sentido de evitarem que aqueles se sintam mais sozinhos ou abandonados pela família, o que não é o caso.
Reação positiva
“Todos sabem que o facto de os pais, irmãos ou outros familiares não estarem a fazer visita não é por falta de carinho ou de amor, mas sim porque tem de ser”, refere numa altura em que a pandemia escala em todo o mundo e quando o melhor remédio é mesmo se isolar para, mais tarde, poder festejar.
O JM tentou também ouvir o diretor do Estabelecimento Prisional do Funchal para saber como está a decorrer o plano de contingência junto dos reclusos, mas não conseguimos, apesar dos esforços, chegar à fala com Fernando Santos. CR
In "JM-Madeira"