Antigo presidente da delegação regional da Ordem dos Farmacêuticos, Bruno Olim, assegura que haverá a manutenção da acessibilidade ao medicamento e da assistência farmacêutica.

 

“No cenário atual de uma pandemia sem precedentes nas últimas décadas”, o serviço prestado pelas farmácias não vai falhar aos utentes”, garante Bruno Olim.

 

O antigo presidente da delegação regional da Ordem dos Farmacêuticos assegura, ao JM, que haverá a manutenção da acessibilidade ao medicamento e da assistência farmacêutica, “com as óbvias vicissitudes decorrentes da pandemia e do estado de emergência decretado”. Para salvaguarda do serviço de farmácia, este profissional lembra que estão a ser implementados planos de contingência “que protegem a farmácia, os seus profissionais” e promovem a defesa do cidadão.

 

Bruno Olim pede, por isso, aten ção a algumas alterações nas rotinas a observar por parte dos utentes quando se dirigirem às farmácias.

 

Atenção às recomendações A primeira das diretrizes, recorda o farmacêutico, passa pela necessidade de restringir as deslocações à farmácia ao estritamente necessário, priorizando os medicamentos crónicos e as situações pontuais de necessidade de medicação aguda.

 

Os utentes com mais de 70 anos devem ficar em casa e solicitar que familiares ou conhecidos façam a aquisição de medicamentos por eles, o mesmo se aplicando aos doentes crónicos do foro respiratório (asma, DPOC, etc...), diabetes, doenças cardiovasculares, imunodeprimidos e doentes oncológicos.

 

Preparar em casa as receitas, selecionando os medicamentos necessários e as respetivas quantidades, é outro dos conselhos que Bruno Olim deixa à população madeirense, lembrando que é fundamental assegurar que todos tenham acesso aos medicamentos.

 

O farmacêutico apela ainda à compreensão, já que “é normal que os atendimentos estejam mais demorados”, nesta altura.

 

“Para além de alguma dose de paciência, leve toda a documentação necessária pronta (receitas, cartões de cidadão e medicação necessária anotada num papel/fotos no telemóvel), e no momento do atendimento apresente a mesma de imediato”, sugere.

 

Pagamento por MBWay No leque de recomendações aos utentes das farmácias, Bruno Olim inclui ainda um pedido para que se respeite as distâncias entre pessoas, no mínimo 1 metro, se cumpram as regras de higienização das mãos e de etiqueta respiratória.

 

Para além destes procedimentos, a população deve respeitar as normas internas da farmácia, caso o atendimento seja feito por postigo ou com espera fora da farmácia. Se possível, deve optar pelo pagamento por MBWay e Contactless card.

 

“O sistema de Farmácias em Portugal, sendo um serviço prestado por privados, é em toda a linha um serviço público de Saúde, com o fito último de providenciar assistência farmacêutica e a óbvia acessibilidade ao medicamento”, conclui Bruno Olim, acrescentando que, “como tal, as farmácias obedecem a um quadro regulamentar rígido por forma a que a acessibilidade ao medicamento seja feita de uma forma equitativa ao cidadão com um nível de serviço elevado, sendo o seu critério de instalação geo-demográfico providenciado para cobertura total do País”.

 

O Executivo madeirense partilhou ontem um vídeo em que alerta para as ciberameaças, já que, “em momentos de alarmismo social” como os atuais, “aumentam os ciberataques e os esquemas da fraude digital”.

 

“Esteja atento e tenha extrema prudência no acesso, na receção e na partilha de conteúdos digitais associados à temática da pandemia Covid-19”, apela o Governo, pedindo ainda que se dê “prioridade a fontes oficiais e reputáveis de informação”, e para que “não abra, nem partilhe conteúdos suspeitos”.

 

HOSPITAL Área exterior desinfetada

 

As áreas exteriores ao edifício do Hospital Dr. Nélio Mendonça foram desinfetadas ontem, de acordo com um comunicado da Presidência do Governo.

“Esta medida de contenção da proliferação do vírus no 'Dr. Nélio Mendonça', tomada pela administração do SESARAM, foi realizada, a título gratuito, pela empresa Extermínio, a qual procedeu à atomização das áreas exteriores, com vista a desinfeção com virucida”, dizia a nota.

 

Por Patrícia Gaspar

In "JM-Madeira"