As autoridades regionais estão em contacto permanente com a DGS e com a OMS. Ontem soube-se que há um primeiro caso de suspeita em Portugal, um homem que está internado no Curry Cabral.

 

O Instituto de Administração da Saúde está a acompanhar, a par e passo, a evolução do coronavírus, cujo surto se iniciou a 31 de dezembro do último ano, numa província da China, mais concretamente em Hubei.

 

A garantia é de Herberto Jesus, presidente do IASAÚDE, o qual refere que ainda na última sexta-feira, houve uma videoconferência com a Direção Geral de Saúde. “Estamos em permanente contacto e articulação com o Organismo Europeu de Saúde, com a Direção Geral de Saúde e com o Instituto Ricardo Jorge, para tentar perceber, numa eventualidade de o vírus chegar a Portugal, como é que as autoridades devem atuar. Na tal vídeo-conferência que se realizou na última sexta-feira, participaram todos os parceiros nacionais. Na Madeira, e sempre em articulação com a Direção Geral de Saúde, está a ser feito um levantamento no âmbito de um alerta menor.

 

Ou seja, estamos a fazer um levantamento do material que temos IASAÚDE através do presidente Herberto Jesus faz saber que as autoridades regionais estão atentas.  na Região, a melhor a nossa capacidade de diagnóstico de forma a se aparecer um caso suspeito, termos maneira de o diagnosticar”, conta o presidente do IASAÚDE, o qual explica que esta fase preparatória que está a acontecer em todos os hospitais do país.

 

Contudo, Herberto Jesus admite que pode haver uma evolução completamente diferente e terem de ser tomadas medidas também mais drásticas.

 

Até agora o que se sabe é que o surto teve origem no mercado de venda de animais e de peixe.

 

A provável origem está nas cobras ou nos morcegos que, provavelmente, mal cozinhados, transmitiram o vírus que deu origem ao surto. O vírus em causa não existe nos humanos mas sim nos animais mas pode estar a se adaptar à estrutura molecular dos humanos. O surto está a evoluir para alguns países limítrofes e já chegou à Europa (através de pessoas que estiveram na zona onde há o surto).

 

Há, inclusive, um caso que está a ser investigado em Portugal. O caso suspeito corresponde a um homem que veio da China e está internado no Curry Cabral.

 

Neste momento, a OMS ainda não determinou risco global. Vai ter uma reunião na segunda-feira [amanhã] para avaliar de novo a situação. Mas, pressupondo que isso poderá, ou não, acontecer, nós já estamos a nos preparar. Não posso afirmar que vai chegar nem quando vai chegar”, afirma ainda em declarações ao JM. Herberto Jesus realça ainda que as pessoas que têm falecido têm co-morbilidades, várias doenças associadas. Outro dado que o presidente do IASAÚDE adianta é que a transmissão não é elevada. Ou seja, “se tivermos os cuidados básicos de higiene pessoal e proteção individual, evitando contacto quando tossimos, isso já evita muito”.

In "JM-Madeira"