Na RAM, foram pesquisadas 17 amostras, com confirmação laboratorial de três casos de gripe. Um deles é uma infeção por um virus do tipo B.
Segundo o IASAUDE, os dados relativos à semana 52/2019 permitiram estimar “uma taxa de incidência da síndrome gripal em Portugal de 44.35 por 100.000 habitantes, correspondente a uma atividade gripal epidémica de baixa intensidade”. Na RAM, foram pesquisadas 17 amostras, com confirmação laboratorial de três casos de gripe.
Os 2 casos identificados na semana 52/2019 tratavam-se de duas utentes em idade infantil e um adulto, com infeção por um virus do tipo B.
Na semana em análise, “o número de atendimentos por síndrome gripal em serviços com urgência foi superior ao verificado na semana anterior”.
O esclarecimento surgiu na notícia ontem tornada pública pelo 'Despertador das Farmácias', barómetro que antecipa a atividade gripal a partir dos dados da dispensa de medicamentos. É habitual a população procurar maneira de prevenção à gripe, de modo a evitar uma ida ao hospital ou centro de saúde. Na primeira semana do ano, há uma previsão de o surto de gripe se alastrar a todo o País, prevendo o Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação Nacional de Farmácias (ANF) que a Madeira e a região do Algarve venham a ter um surto de gripe de grau 4 (alto). Curiosamente (ver destaque, em baixo), são as duas regiões com maior fluxo de entrada de turistas.
Geralmente, a população procura as farmácias para antecipar o combate à gripe, partindo daí essa previsão. Oficialmente, nada existe que seja de muito alarmante ao nível regional e até nacional.
Há, na verdade, alguns casos já tratados e devidamente acompanhados pelo Serviço Regional de Saúde (SRS), tal como referiu Pedro Ramos, secretario regional da Saúde e da Proteção Civil, ao JM, ainda na última semana do ano e publicada na nossa edição impressa do primeiro dia de 2020.
Há, inclusive, o plano de contingência pronto a ser acionado, mas tal pode ser mais tarde do que o previsto, devido o prolongar das temperaturas altas que se têm feito sentir para o período do ano. Tudo vai depender dos dados disponibilizados pelo Serviço de Saúde da RAM (SESARAM).
Fluxo de entrada na RAM aumentou venda de medicamentos
O IASAUDE acrescentou à informação tornada pública ontem pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação Nacional de Farmácias (ANF) que o estudo “consiste em estimativas baseadas na venda ao público de medicamentos nas farmácias”.
Carecendo de cautela “na interpretação”, assinala, ainda, que a “procura dos medicamentos na RAM poderá, neste período, ser afetada por vários fatores, incluindo o elevado fluxo de entrada de pessoas na Região durante a época festiva”, ressalva. Na verdade, na última semana, a Madeira foi invadida por muitos turistas que procuraram a RAM para assinalar a passagem de ano. Naturalmente, a compra de medicação aumentou, principalmente para combater a gripe e sua prevenção sem receita médica ou tratamento hospitalar.
In “JM-Madeira”