O SESARAM lembra que por 'tradição' é autossuficiente e consegue sempre manter bons níveis de 'stock', enaltecendo o espírito altruísta dos madeirenses. Mas o apelo ao dador é contínuo de forma a manter os níveis de 'stock' desejáveis.
O SESARAM diz possuir, por estas alturas, “um nível satisfatório de reservas de sangue”, ao contrário do todo do País, onde se sucedem as notícias de níveis muito baixos de 'stock', mormente no que concerne ao sangue do tipo O-,o dador universal, sendo mesmo que algumas associações denunciam que o País não tem capacidade de respostas, em caso de uma catástrofe.
O O-, enfatize-se, é o único tipo de sangue que pode ser administrado a qualquer pessoa com um tipo diferente. Por outro lado, quem tem este tipo de sangue só pode receber transfusões do mesmo tipo.
A Região, acentua o SESARAM, “ao longo dos anos, tem sido autossuficiente em termos de sangue”, reconhecendo que, “contudo, o elevado número de consumos internos verificados nos últimos tempos, causaram uma diminuição das reservas de sangue existentes no serviço”.
Essa situação “motivou apelos à dádiva de sangue por parte do SESARAM”, os quais mereceram “uma resposta muito positiva por parte da população e que em muito contribuíram para o alcance dos níveis desejáveis em termos de reservas”, conforme regista. Assim sendo, “neste momento, os níveis de stock estão normalizados”.
Porém, alerta igualmente o SESARAM, “é necessário continuar a angariar e fidelizar novos dadores de sangue, por forma a assegurar a continuidade da dádiva e a rejuvenescer o banco de dadores.
Com este propósito, são diversas as ações dinamizadas pelo Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do SESARAM, bem como pela Associação de Dadores de Sangue da RAM”.
Nesse sentido, porque “as dádivas de sangue são imprescindíveis para o Serviço de Saúde da RAM e o papel dos dadores de sangue é inestimável para os utentes que são acompanhados diariamente nas Unidades de Saúde”, fica o apelo, à população em geral, que “mantenha este espirito altruísta e que continue a doar sangue, em prol da Saúde da população da RAM”.
Da necessidade de contínuo apelo a esse altruísmo, não poderá ser dissociado o facto de “numa Região como a Madeira, isolada geograficamente do território continental, onde as reservas de componentes sanguíneos dependem exclusivamente do espírito solidário e responsável dos dadores”, acrescendo essa dificuldade adicional
da ausência de outras unidades hospitalares nas proximidades, ao contrário do que sucede nos concelhos do território continental.
E, desta forma, o SESARAM “agradece a todos aqueles que, através das suas dádivas permitiram (e continuam a permitir) manter os níveis de sangue necessários para fazer face às necessidades das unidades de saúde do SESARAM”, conforme o esclarecimento prestado por aquele organismo.
Por David Spranger
In “JM-Madeira”