De janeiro a setembro, a Casa de Saúde São João de Deus registou 241 internamentos por causa do vício do álcool.

 

Neste momento, a taxa de ocupação encontra-se nos 80%.

 

A Unidade de Alcoologia da Casa de Saúde São João de Deus registou, este ano, o internamento de 241 utentes, de ambos os géneros, com os 50 anos como média de idade. Números que vão até setembro.

 

Destes, 88 por cento são do género masculino. Funchal, com 56% dos casos, Santa Cruz, com 11,6% e Câmara de Lobos, com 10%, lideram por concelhos de residência dos utentes que procuraram aquela instituição para tentarem ‘fugir’ ao vício do álcool. Segundo dados a que o JM teve acesso, do total de internamentos registados este ano, 54% estavam a aparecer na instituição pela primeira ou segunda vez. Os restantes já são reincidentes na busca de ajuda

 

junto da Unidade de Alcoologia da Casa de Saúde São João de Deus.

 

Quanto à média de consumo, a instituição diz que estava nas 94, 95 gramas de álcool, gastando, cada utente, em média, mais de sete euros por dia. A média de idadedo primeiro consumo, apresentada pelos utentes, foi de 15 anos, sendo que a grande maioria tem 17 anos de dependência do álcool.

 

De referir que a taxa de ocupação da Unidade de Alcoologia da Casa de Saúde São João de Deus está, neste momento, nos 80 por cento. Sobre os dias de internamento, Eduardo Lemos, coordenador da Casa de Saúde, aponta para uma média de 31. Diz ainda que 81,5% dos internados este ano, conseguiram concluir o internamento.

 

Já no ano de 2018, a Unidade de Alcoologia da Casa de Saúde São João de Deus admitiu 299 utentes para tratamento. Destes, 88% eram do sexo masculino. Mais de 79 por cento dos admitidos, conseguiu chegar à conclusão do internamento. Funchal, Câmara de Lobos e Santa Cruz foram, tal como este ano, os concelhos que lideraram os internamentos.

 

No que toca à média de consumo dos internados, era de 280,8 gramas de álcool, sendo que o valor gasto por dia correspondia, em média, a quase sete euros. Dos internados naquele ano, 75% esteve abstinente após um mês de alta, 68% conseguiu estar abstinente seis meses após a alta.

 

O estudo levado a cabo no Dia da Defesa Nacional, e que foi feito aos jovens com 18 anos, chegou à conclusão que a Madeira tem a prevalência mais baixa de consumo de álcool do país ao longo da vida, no último ano. O inquérito realizado pelo SICAD (Serviço de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências) adianta que a Madeira está com as prevalências abaixo da média nacional.

 

15

 

MÉDIA de idade do primeiro consumo

 

54%

 

DOS utentes procuraram este ano pela primeira vez a instituição

 

81,5%

 

PERCENTAGEM dos utentes que conseguiram concluir o internamento

 

88%

 

SÃO do género masculino a esmagadora maioria dos utentes

 

In "JM-Madeira"