Perante a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, 80 novos recém-formados fizeram ontem a vinculação à profissão e receberam as respetivas cédulas. No final da leitura do juramento, feita em conjunto, Rita Cavaco acrescentou aos compromissos “ser feliz”.

 

Na sessão de abertura que precedeu a cerimónia, a bastonária começou por agradecer ao Governo Regional a “colaboração excecional na resolução e correção de muitas injustiças em relação aos enfermeiros”, de que é exemplo o descongelamento das carreiras, e lamentou que tal colaboração não tenha acontecido no continente.

 

Rita Cavaco disse que “uma vez mais” chegou à Madeira “com a noção do dever cumprido”. Recordando a primeira visita realizada à Região, como bastonária, lembrou “os incómodos” que causou perante as denúncias que fez relativamente ao Sistema Regional de Saúde.

 

“As conquistas dos enfermeiros madeirenses não são um ponto de chegada, porque há ainda muito a fazer”, sublinhou Rita Cavaco, que se recandidata ao cargo nas próximas eleições previstas para daqui a um mês.

 

Dirigindo-se aos novos enfermeiros, disse-lhes que depois das lutas travadas “a cédula representa um certificado de honra e de coragem” e, como tal, exortou-os a não baixarem os braços em prol da profissão que abraçaram. “Esta foi uma luta dura, mas bonita”, afirmou.

 

Pedro Ramos, secretário regional da Saúde em exercício, deu as boas-vindas aos novos profissionais e apresentou-lhes um Serviço Regional de Saúde que, recentemente, mereceu a aprovação de “80% dos utentes”, conforme uma sondagem publicada, recentemente, no JM. Fazendo uma comparação com o continente, disse que “45% não gostam do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”e que este envergonharia o Dr. António Arnaut, que o criou há 40 anos. “Saúde de segunda não é nesta Região. Está do outro lado”, afirmou.

 

Por Iolanda Chaves

 

In “JM-Madeira”