Relatório anual indica que em 2018 foram acompanhados para problemas relacionados com o álcool 3403 novos utentes e foram readmitidos 1202 utentes.
O número de doentes dependentes de álcool ou drogas seguidos nos Centros de Respostas Integradas (CRI) baixou no ano passado, mas subiram os novos casos e os de utentes readmitidos, segundo dados divulgados esta segunda-feira.
De acordo com o Relatório Anual de Acesso aos Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas relativo a 2018, divulgados esta segunda-feira, baixou o número total de utentes seguidos nas unidades locais responsáveis pelos cuidados especializados em Comportamentos Aditivos e Dependências CAD), atingindo os 13.422 para problemas ligados ao álcool (13.828 em 2017) e 25.582 para outras substâncias psicoactivas (27.150 em 2017).
Contudo, o documento salienta que “os números de novos utentes e de utentes readmitidos nos CRI contrariam esta tendência, evidenciando acréscimos quer no que concerne aos Problemas Ligados ao Álcool (PLA), quer relativamente a utentes com morbilidade associada ao uso de outras substâncias psicoactivas ilícitas (OSPA)”.
O relatório indica que em 2018 foram acompanhados nos CRI para problemas relacionados com o álcool 3403 novos utentes (3352 em 2017) e foram readmitidos 1202 utentes (1047).
Em relação à dependência de outras substâncias psicoactivas foram acompanhados no ano passado 1858 novos casos (1769 em 2017) e readmitidos 1603 (1538). O relatório sublinha os programas em curso a nível nacional nas várias áreas de intervenção (Prevenção, Redução de Risco e Minimização de Danos, Tratamento e Reinserção), sobretudo o Programa de Troca de Seringas, que permitiu a troca de mais de 58 milhões de seringas desde o seu início até 2018.
Destaca ainda os Programas de Substituição de Heroína por Metadona, frisando que “têm um papel fundamental na diminuição dos consumos e a aproximação dos utentes aos cuidados e aos profissionais de saúde”.
Refere ainda que foram seguidos em CRI em 2018 um total de 2728 crianças e jovens em risco, 1242 novos casos (1319 em 2017) e 165 readmitidos (182). Segundo os dados, os episódios de internamento nas unidades de desabituação baixaram em 2018 para 1251, dos quais 630 relativos a pessoas com problemas ligados ao álcool e 613 relacionados com outras substâncias psicoactivas ilícitas.
NUNO FERREIRA SANTOS
In “Público”