É a primeira vez nos últimos quatros anos que existem menos saídas de ambulâncias em urgência.

 

O serviço pré-hospitalar na Região registou, no primeiro semestre de 2019, uma baixa significativa relativamente ao período idêntico do ano passado. É a primeira vez dos últimos quatros anos em que se regista uma baixa no socorro feito fora do hospital.

 

Os dados disponibilizados pelo Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) dão conta de uma redução significativa dos serviços prestados à população madeirense nos seis meses de 2019. É mesmo o único semestre desde 2016 que baixou comparativamente ao ano anterior.

 

Desde 2016 que os números têm vindo a aumentar, mas desta vez registou-se uma diminuição, contrariando a tendência dos últimos anos. No primeiro semestre de 2019 registaram-se 16.892 serviços pré-hospitalares, missões de várias equipas pré-hospitalares coordenadas pelo Serviço Regional de Proteção Civil, através do Comando Regional de Operações de Socorro (CROS). São menos 602 saídas do que as registadas em equivalente altura de 2018 (17.494). esta tendência tem a ver com uma melhor triagem ao nível do serviço de atendimento do 112, através do novo Sistema de Triagem e Aconselhamento Telefónico (STAT) do CROS.

 

O serviço é realizado por dois profissionais de saúde no atendimento das chamadas 112. Os enfermeiros fazem uma triagem e determinam a priorização das ocorrências em situação de emergência, dando maior qualidade ao serviço pré-hospitalar. Permite uma maior capacidade de uma interação com a população que pede ajuda e determina uma maior assertividade no acionamento de meios operacionais de socorro. A maior preocupação deste serviço Sistema de Triagem e Aconselhamento Telefónico pretende reduzir os números de utentes encaminhados para o serviço de urgências, libertando este serviço para receber os casos mais graves, já que os casos menos graves são aconselhados a procurar serviços nos centros de saúde da RAM. Parece que a aposta está a surtir efeito.

 

Números parecidos com 2016

 

Em 2016, entre janeiro e junho, os serviços de emergência pré-hospitalar registaram 16.494 ocorrências onde intervieram as ambulâncias das várias corporações de bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa. É, ainda, o valor mais baixo dos últimos quatro primeiros semestres dos últimos quatro anos.

 

A partir daí foi um autêntica escalada até agora.

 

No primeiro semestre de 2017, o número de serviços chegou aos 17.011, enquanto em 2018 foram 17.494. Este ano, como já foi referido, foram 16.892 serviços das ambulâncias de socorro, viaturas que são reconhecidas com a sigla ABSC, de cores amarela e azul.

 

De 2016 a 2018 houve um aumento de 1.000 serviços nos primeiros seis meses do ano. De 2016 para 2017 registaram-se mais 517 serviços, enquanto que desse ano para 2018 houve mais 483 saídas das ambulâncias.

 

Funchal à frente 

 

O Funchal, naturalmente, continua a ser o concelho com mais serviços realizados. Seguem-se os dois concelhos mais perto da capital, Câmara de Lobos e Santa Cruz. No concelho funchalense foram contabilizados quase mais de metade dos serviços, cerca de 40% dos 16.892 serviços pré-hospitalares, Câmara de Lobos (13%) e Santa Cruz (10%) foram os locais que se seguiram em termos estatísticos a este nível. Seguem-se Machico (9%), Ribeira Brava (8%), Calheta (7%), e Santana (4%), enquanto São Vicente alcançou os 3%, Ponta do Sol teve 2%, Porto Santo também 3% e Porto Moniz apenas registou 1%.

 

 

 

16.892

 

SERVIÇOS pré-hospitalares nos primeiros seis meses de 2019, com intervenção de ambulâncias de bombeiros e/ou Cruz Vermelha.

 

17.494

 

SERVIÇOS pré-hospitalares nos primeiros seis meses de 2018

 

17.011

 

SERVIÇOS pré-hospitalares nos primeiros seis meses de 2017

 

16.494

 

SERVIÇOS pré-hospitalares nos primeiros seis meses de 2016

 

1.000

 

AUMENTO registado entre 2016 e 2018, antes do decréscimo a que se assiste agora, em 2019.

 

40%

 

FUNCHAL apresenta a maior percentagem de serviços pré-hospitalares nos primeiros seis meses de 2019, seguindo-se Câmara de Lobos (13%) e Santa Cruz (10%).

 

 

 

In “JM-Madeira”