A Região gastou mais de 4,1 milhões de euros, entre 2016 e 2018, no tratamento da hepatite C, foram realizados mais de 300 transplantes e acompanhados mais de cinco mil casos de cirrose.
Os dados foram ontem fornecidos pelo secretário Regional de Saúde, que garantiu ontem que a erradicação da hepatite C será uma realidade na Madeira, graças ao projeto agora implementado na Região.
Pedro Ramos falava na apresentação dos testes rápidos para o diagnóstico de hepatite C que serão utilizados nas Unidades Móveis de Toxicodependência, com a colaboração da Unidade de Tratamento de Toxicodependência e nos centros comunitários da RAM e da Associação para o Planeamento de Família.
A tutela manifestou-se, na primeira hora, interessada neste projeto, anteriormente apresentado pelo médico Vítor Pereira e que desenvolveu junto dos reclusos do Estabelecimento Prisional do Funchal, na Unidade de Tratamento de Toxicodependência, casas de saúde e centros comunitários. As recomendações da Direção Geral de Saúde e da Organização Mundial de Saúde, no sentido de erradicar esta doença curável, necessitam de “uma estratégia, planificação e organização de várias entidades”, disse o governante, prestando um reconhecimento às entidades envolvidas no projeto iniciado na Madeira há três meses por Vítor Pereira em nichos de maior risco de contração de hepatite C, com vista à microeliminação da hepatite C.
Disse que o investimento que será feito não terá custos atendendo ao que será possível alcançar com o projeto. “Até podemos fazer as três centenas de transplantes, até podemos acompanhar os cinco mil casos de cirrose se não fizéssemos nada. Mas não teríamos oportunidade de evitar cerca de três mil mortes que podem estar associadas se esta estratégia não estiver implementada”, comentou o governante. Pedro Ramos espera que seja possível erradicar a patologia nos próximos 5 a 10 anos.
Paula Abreu
In “JM-Madeira”