Atualização inovadora e exaustiva dos avanços ocorridos na Cardiologia, hipertensão e diabetes, foi o principal foco das Jornadas de Cardiologia, Hipertensão e Diabetes de Almada, que este ano cumpre 34 edições.
O evento, organizado pelo Instituto de Cardiologia Preventiva de Almada, cumpre assim, mais uma vez, o desiderato inicial de juntar médicos de família a exercer nos Cuidados de Saúde Primários e especialistas em Cardiologia Hospitalares para troca de conhecimentos” interpares.
“[As Jornadas] não são para os clínicos gerais, mas com os clínicos gerais. Em todos os painéis temáticos há sempre uma presença paritária de médicos de família e cardiologistas”, concretiza o Professor Manuel Carrageta, Presidente das Jornadas, para logo acrescentar: “foram as primeiras no país a promoverem a ligação e interação entre uma especialidade hospitalar, a cardiologia, e a Medicina Familiar”. Reforçando a importância de “qualquer médico de família ter de dominar as patologias cardiovasculares”, Manuel Carrageta reafirma o caráter inter-relacional do evento. “Aprendemos uns com os outros”, afirma.
Este ano, as Jornadas voltaram a contar com uma participação muito significativa de médicos, a rondar os 600 participantes. “Sendo a primeira reunião a realizar-se no país, logo no início de janeiro”, rapidamente passou de uma organização de âmbito local para nacional, “com participação de colegas vindos de todos os cantos do país”, realça o cardiologista.
À semelhança de anos anteriores, este ano programa contou com diversos minicursos. Uma opção justificada por Manuel Carrageta com o facto de “na opinião dos participantes os minicursos, pela sua riqueza científica e qualidade pedagógica justificam a participação nestas Jornadas. Para além dos minicursos já atrás referidos, no programa destacam-se as duas sessões de casos clínicos e uma de pósteres, apresentados por internos de CG/MF. Seguindo igualmente uma tradiação já com alguns anos, nesta edição foi novamente atribuído o Prémio Dr. Mário Moura, um dos pioneiros impulsionadores destas jornadas e Presidente Honorário da APMGF, ao melhor trabalho, quer para apresentações no formato oral, quer em póster, prémio este que tem o patrocínio conjunto da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e da Fundação Portuguesa de Cardiologia”, testemunha.
Na elaboração do programa científico, “tivemos em conta as sugestões propostas pelos colegas, quer durante as Jornadas anteriores, quer particularmente por parte Comissão Científica. De certo modo fazemos uma revisão praticamente geral das nossas áreas de estudo profissional. Todos os aspetos da Cardiologia, da hipertensão e diabetes são discutidos nos três dias das Jornadas, que contou com renomados palestrantes”, sublinha o Presidente das jornadas.
In “Saúde Online”