As crianças desde o seu nascimento e à medida que crescem, já são diferentes entre si. Diferentes temperamentos, sensibilidades, gostos e opiniões.

 

 

Cabe aos pais educa-las para que desenvolvam a sua autonomia. Sim, porque uma criança pode e deve ser autónoma! Crianças autónomas são crianças mais felizes, mais confiantes ao explorar o mundo que as rodeia e partem para a relação com os outros de uma forma espontânea e segura. Compreendem os seus comportamentos e assumem a sua responsabilidade, desenvolvendo uma matriz de valores pessoais e sociais fundamental para si e para ao mundo.

 

A função dos pais consiste, não só em promover a autonomia dos filhos, mas também, motivá-los para que possam pensar por eles próprios. Para conseguir fazê-lo deve ser incentivada a comunicação na família, bem como, deve ser promovida a capacidade para a criança pensar (organizar as ideias e os sentimentos) e, raciocinar (organizar os prós e os contras para poder decidir). Quanto maior capacidade de decisão os seus filhos tiverem, mais livres se sentirão.

 

Educar para a autonomia é educar para a vida, para que desenvolvam capacidades. Ao contrário do que se possa pensar, incentivar e desenvolver a autonomia não é deixar a criança fazer o que quer. Pelo contrário, é dar atenção às suas respostas e guiar para as melhores escolhas sem, no entanto, decidir por ela ou ignorar a sua opinião.

 

Mas como posso promover a autonomia e a independência de uma forma saudável? Existem alguns contributos que podemos ter em conta, como por exemplo, promover um ambiente seguro a nível emocional. É fundamental compreender as necessidades da criança e acolher os seus medos e receios de forma positiva e tranquilizadora.

 

É importante, também, colocar-lhe desafios adequados à sua idade e maturidade. Ensinar as crianças a fazer coisas básicas como arrumar os brinquedos depois das atividades ou lavar os dentes depois da refeição, estamos a promover a confiança, a autoestima, o sentido do dever e a responsabilidade. E por falar em responsabilidade é crucial que a criança aprenda que qualquer ato tem uma consequência associada e que será ela a responsável por essa consequência. Deixe-a cometer erros!

 

Por último, e não menos importante, peça ajuda ao seu filho para realizar pequenas tarefas domésticas e solicite a sua opinião sobre alguns assuntos do quotidiano familiar, bem como, sobre temas que ele considera importantes. Estes pequenos passos ajudá-lo-ão a se situar no espaço em que vive e a se sentir parte de um todo. Parte da família, parte da escola, parte da comunidade.

 

Acredite que mais tarde ele vai agradecer-lhe.

 

TERESA FERNANDES

 

Socióloga IASAUDE, IP-RAM - Unidad Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências (UCAD)

 

In “JM-Madeira”