A Associação Portuguesa de Urologia (APU) assinala, entre os dias 5 e 30 de novembro, o Mês de Alerta para as Doenças do Homem para lembrar os portugueses que a vigilância médica periódica é essencial para despistar doenças e salvar vidas.
Assintomático numa fase inicial, o cancro da próstata é o tumor maligno mais frequente no homem adulto. Contudo, a possibilidade de cura é de 85% quando detetado precocemente. Os tumores do testículo também são altamente curáveis em mais de 95% dos casos após tratamento.
“O homem não pode estar à espera que surjam sintomas para consultar o médico assistente ou urologista”, sublinha Luís Abranches Monteiro, Presidente da APU, acrescentando que “o estigma e o medo associados a algumas doenças e aos exames de despiste deverão ser combatidos uma vez que, só dessa forma, é possível enfrentar este tipo de patologias e diminuir o número de mortes que elas provocam”.
Embora o cancro da próstata seja a doença mais conhecida e temida entre as que envolvem a Saúde do Homem, também a prostatite (inflamação da próstata), a Hipertrofia Benigna da Próstata (HBP) e as disfunções sexuais têm elevada prevalência.
A HBP atinge metade dos portugueses com 60 anos e 90% com 80 ou mais anos. É uma patologia que se agrava com o tempo se não for tratada. A retenção urinária parcial progressivamente crescente pode levar a infeções urinárias, incontinência, cálculos na bexiga e mesmo insuficiência renal.
As causas das disfunções sexuais – alterações na ereção, na ejaculação ou no orgasmo – podem ser as mais diversas e devem ser investigadas para determinar a sua melhor terapêutica. Apesar de benignas, têm um grande impacto na qualidade de vida do homem e do casal.
Dr. Luís Abranches Monteiro
In “Saúde Online”