Assinado ontem protocolo adicional entre Governo Regional e UMa para ciclo básico de mestrado

 

Em maio, a UMa deverá submeter o 3º ano do mestrado de Medicina para acreditação. O Governo gastará 920 mil euros.

 

 

Mais um passo e “um momento histórico para a Região, para o Serviço Regional de Saúde, para a Universidade da Madeira, para o SESARAM e para a população da Madeira”, como fez questão de afirmar Pedro Ramos. Foi assinado, ontem, o protocolo adicional entre a Universidade da Madeira e o Governo Regional para a consolidação do ciclo básico do Mestrado integrado em Medicina e a sua extensão ao 3º ano.

 

Assim, e como explicou o secretário regional de Saúde, da parte do Executivo madeirense, a partir de 2019 e durante cinco anos, será inscrita na proposta de Orçamento Regional de 2019 uma verba de 120 mil euros e de 200 mil euros em cada um dos quatro anos seguintes, num esforço financeiro global de 920 mil euros. Estas verbas serão para garantir os recursos docentes e equipamentos necessários à viabilização da extensão do terceiro ano do Mestrado Integrado em Medicina, que vai permitir ainda uma poupança aos alunos que não terão de se deslocar a Lisboa para o efeito.

 

Visivelmente satisfeito por este passo, como fez questão de sublinhar, Pedro Ramos anunciou ainda que o SESARAM permitirá que os seus médicos possam colaborar na UMa, em regime de acumulação, nos termos legais. E ainda se estipula que a universidade poderá utilizar o Centro de Simulação Clínica, no âmbito das suas  formações, em moldes a acordar.

 

O governante lembrou ainda que o curso teve início em 2004, com 34 alunos. “E atualmente em 2017/2018, temos 77 alunos: 38 no 1º ano e 39 no 2º ano”

 

José Carmo, por seu turno, enalteceu a importância do protocolo não só para a UMa, como para os estudantes e para a população da Região, a vários níveis.

 

Em maio do próximo ano, a Universidade da Madeira terá todos os procedimentos concretizados para submeter o 3º ano do Mestrado à acreditação por parte da A3ES - Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

 

A par disso, a UMa vai abrir concurso público para a contratação de mais docentes para reforçar o corpo docente do ciclo básico do Mestrado integrado em Medicina e a sua extensão ao 3º ano. José Carmo espera que o processo de acreditação seja rápido, de modo a que o 3º ano do Mestrado possa ser uma realidade no próximo ano letivo ou seguinte. De qualquer modo, disse ser prematuro apontar uma data concreta, por estar dependente da acreditação da A3ES.

 

Recorde-se que o CBMIM, que é ministrado em associação pedagógica com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (representada na assinatura do  protocolo pelo respetivo diretor,  Fausto Pinto), foi criado em 2004, concretizando um interesse estratégico do Governo Regional, assente em três objetivos principais, como apontou ainda Pedro Ramos: maior equidade no acesso ao ensino superior na área da Medicina por parte dos alunos da Região; maior capacidade de atração de médicos para o SESARAM, após a conclusão do Mestrado; e a criação de sinergias em termos de formação e investigação entre o Hospital Central do Funchal e a  UMa.

 

Paula Abreu

 

In “JM-Madeira”