Nelson Carvalho está preocupado com as dependências dos jovens em relação às novas tecnologias

 

O JM sabe que a Região, através da SRE e do IASAÚDE, vai arrancar com um estudo para inteirar-se das dependências dos jovens e até adultos em relação aos jogos online.

 

 

Pedro Ramos elogiou o trabalho feito pela UCAD e agora quer avanços ao nível da Saúde Mental.

 

A Secretaria Regional da Edu cação e o Instituto de Ad ministração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE), através da Unidade Operacional de Comportamentos Aditivos e Dependências (UCAD), vão avançar com um estudo no terreno para avaliar o estado da dependência, quer dos jovens, quer mesmo dos adultos, dos jogos online e da internet. Não se sabe se o referido trabalho avança já este ano mas tudo indica que está para breve, conforme o JM apurou ontem junto de Nelson Carvalho, de pois de este, na abertura da sessão pública das II Jornadas de Prevenção dos Comportamentos Aditivos e Dependências, ter admitido que há uma preocupação com este vício. O estudo contará com o contributo de Ivone Patrão, que ontem também foi oradora sobre o tema na iniciativa que decorreu no auditório da APEL. Ainda segundo o responsável da UCAD, a decisão de arrancar terá de ser dada pela outra entidade envolvente, neste caso, a Secretaria Regional da Educação.

 

Já à margem da iniciativa, Nelson Carvalho disse aos jornalistas que o ano passado foi aquele que registou menor número de internamentos por causa do consumo de drogas psicoativas (cerca de 116) contra as cerca de quatro centenas assinaladas em 2012, o pior ano de sempre. Aliás, sobre este caso, o secretário regional da Saúde lembrou que, naquele ano, surgiu também a dengue, que não registou mortes, enquanto as substâncias psicoativas mataram quatro. Assim, Pedro Ramos regozija-se pela estratégia adotada a partir de 2012 na Madeira e que visou combater o consumo de substâncias psicoativas (as lojas que vendiam este tipo de drogas foram encerradas depois de uma iniciativa aprovada na Assembleia Legislativa da Madeira).Este trabalho de combate ao consumo de substâncias psicoativas foi mencionado na última semana - conforme recordou o secretário - na Alemanha, por uma professora universitária de Coimbra, a qual deu a atitude regional como um exemplo a seguir no resto do País.

 

“Há uma diferença entre o Governo Regional e os outros governos. E a diferença é a palavra 'investimento'”, disse o governante com a tutela da Saúde.

 

Outro dos assuntos abordados na sessão de abertura das II Jornadas que ontem decorreram na APEL teve a ver com a Saúde Mental. Naquela iniciativa promovida em conjunto pelo IASAÚDE e pela Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria, o secretário regional da Saúde admitiu que a  Madeira está em condições de voltar a reunir para dar mais um passo sobre a Estratégia Regional de Saúde Mental, iniciada em 2017.

 

MAIS UM PASSO NA SAÚDE MENTAL

 

“Estamos em condições para reunir novamente e com psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, médicos de família, arranjar medidas para a nova estratégia que queremos implementar na Região Autónoma da Madeira”, disse Pedro Ramos, considerando que este tipo de doença necessitará de uma abordagem diferente nos próximos anos. 16% da nossa população tem mais de 65 anos e a ideia é saber como atribuir qualidade de vida. Muitos países têm tudo isto muito bem acompanhado e a Madeira prepara-se para saber como dar mais e melhor qualidade de vida aos que conseguirem, por exemplo, ultrapassar os 80 anos de vida.  “O nosso envelhecimento far-se-á na parte física e na parte psíquica”, referiu, lembrando as vulnerabilidades que atingirão as pessoas com idade avançada. Esse passo não será, para já, ao nível da construção de mais um espaço para os doentes mentais, mas uma aposta ainda mais forte na prevenção, no sentido de evitar que o internamento aconteça.

 

Carla Ribeiro

 

 In "JM-Madeira”