Metade dos casos estão ligados a dependência de álcool e de estupefacientes

Este ano, no primeiro semestre, “foram atendidas pela Equipa de Apoio à Vítima de Violência Doméstica, do Instituto de Segurança Social da Madeira, 67 pessoas.

 

São 67 novos casos”. Os números foram divulgados pela secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais na abertura da 3.ª Convenção de Comportamentos Aditivos e Dependências da Madeira, esta sexta-feira na Casa de Saúde S. João Deus, no Funchal.

 

Rita Andrade revelou ainda que “50% destes casos de violência estão ligados à dependência do álcool e de estupefacientes. O álcool, sozinho, esteve presente em 27% dos casos”. A governante lembrou também que, em 2017, houve 162 pessoas vítimas de violência doméstica. Reforçou: “São números que exigem a nossa reflexão”.

 

Para a secretária regional, “é importante que cada um faça o seu papel de forma articulada”, de maneira a combater os comportamentos aditivos e dependências da população madeirense: “Pela parte do Governo Regional, entre as acções que empreendemos, destaco o papel do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, através da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências. Dinamiza as actividades de prevenção e redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas na Região Autónoma da Madeira”.

 

Rita Andrade enalteceu que, entre outras competências, a UCAD (Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências) pretende assegurar a implementação da política regional de luta contra a droga, álcool e as toxicodependências e promover a articulação entre as instituições e incentivar a participação das instituições da comunidade, públicas ou privadas, no desenvolvimento de acções de prevenção, de redução de riscos e minimização de danos e de reinserção social”. Para exemplificar, referiu o apoio que tem dado à Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência, além de todo o trabalho preventivo: “Tem o foco no fornecimento de toda a informação e competências no sentido dos destinatários poderem lidar com o risco do consumo de substâncias psicoativas, assim como de outros comportamentos de risco”.

 

Segundo o relatório da OMS de 2009, o consumo de tabaco, álcool e substâncias ilegais estão entre os primeiros 20 factores de risco para a saúde. Admite-se que o consumo de tabaco seja responsável por 8,7% das mortes registadas no mundo e de 3,7% das doenças; que o consumo de álcool provoque 3,8% das mortes e 4,5% de doenças.

 

In “Diário de Notícias”