Profissionais refletem prevalência da doença

Jornadas de Diabetes da Madeira iniciaram-se ontem, no Funchal. Em paralelo a este evento, que continua hoje, também decorre o 5º Simpósio Satélite da Tiroide.

Na sessão de abertura, o tutelar da pasta da Saúde sublinhou que “a diabetes é uma pandemia” que afeta “cerca de 425 milhões de pessoas em todo o mundo”. Acrescentou que “13% da população tem diabetes, o que significa que na Região Autónoma da Madeira este número anda à volta de 25 mil utentes”, disse Pedro Ramos.

Perante estes dados, verifica-se que a prevalência da diabetes continua a aumentar e Portugal não escapa a esta realidade. Este é um número verdadeiramente preocupante, visto que a “diabetes é responsável por 12% do orçamento da Saúde”, disse o presidente da comissão organizadora, Silvestre Abreu. E defendeu uma “drástica mudança social”, que começa “ao nível individual”, no sentido de as pessoas adotarem uma alimentação saudável e praticarem atividade física diária. No entanto, “o verdadeiro desafio continua a ser como fazer com que esta mudança aconteça no mundo real”.

Contudo, esta alteração depende ainda de outros fatores, como a regulação da publicidade a “alimentos menos saudáveis” e “ao encarecimento dos alimentos processados, nomeadamente fast food e bebidas ricas em açúcar”, acrescentou o médico endocrinologista.

Nos nossos dias, existem tratamentos “eficazes” para o tratamento da diabetes, mas o melhor remédio continua a ser a prevenção.

Atualmente, existem quatro rastreios no arquipélago, para além da retinopatia diabética que tem uma taxa de adesão próxima de 70%. Os outros rastreios são o do cancro da mama, o do cancro do colo uterino e o do cancro do colo retal.

Mas há boas notícias. O secretário regional da Saúde falou na criação de um novo rastreio, a partir de 2019, o da acuidade visual nas crianças. O congresso reuniu mais de 565 profissionais de Saúde, tendo como principais objetivos promover o debate, refletir sobre a abordagem da diabetes, promover a partilha de experiências e ainda estreitar lados de cooperação entre os diversos serviços. Recorde-se que muitos participantes destas jornadas ficaram impedidos de viajar até ao arquipélago devido aos cancelamos dos voos da TAP.

In “JM-Madeira”