Estima-se que, cerca de 44% das pessoas com diabetes esteja por diagnosticar, segundo os dados da Direção Geral de Saúde (DGS).
Em Portugal, por dia, são diagnosticados com diabetes cerca de 200 novos casos e 500 doentes são internados nos hospitais portugueses. A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,3%, isto é, mais de um milhão de portugueses. A este número somam-se mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes.
Em média, a diabetes mata entre dez a doze portugueses por dia, revela o último relatório nacional da DGS, divulgado no âmbito do Dia Mundial da Diabetes. Em 2040, a estimativa é que a doença afete um em cada dez adultos, em todo o mundo, cerca de 642 milhões.
Apesar dos múltiplos investimentos ao nível do diagnóstico precoce e dos avanços terapêuticos, a diabetes continua a envolver elevados custos económicos, sociais e humanos.
Recorde-se que, com vista ao reforço da prevenção e controlo da diabetes em Portugal durante os próximos cinco anos, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) estabeleceu, em maio de 2018, um compromisso de cooperação com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e as Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e do Algarve. A cooperação entre a APDP, a ACSS e as ARS iniciar-se-á em janeiro de 2019, estendendo-se a 31 de dezembro de 2023, permitindo aos utentes com patologia de diabetes, identificados em cada ARS, que usufruam da oferta atual de prestação de cuidados de saúde disponibilizada pela APDP, nomeadamente consultas, tratamentos e exames.
Com os números que a diabetes atinge em Portugal e no mundo, só uma abordagem integrada poderá ser capaz de dar uma resposta. O combate à diabetes, nas suas vertentes de prevenção, tratamento e acompanhamento é provavelmente o principal desafio a vencer na próxima década em Portugal.
Crómio: importante papel na manutenção dos níveis de glicose no sangue
A diabetes é uma doença metabólica crónica que se caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicemia). Hoje, sabe-se que, várias investigações sugerem a capacidade do crómio para regular as concentrações de açúcar no sangue, ajudar a promover o controlo da diabetes e diminuir o risco de doenças crónicas em pessoas com excesso de peso.
A atestar os benefícios do crómio, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), refere que “a levedura de crómio contribui para a manutenção de níveis de açúcar no sangue estáveis, e com um suplemento diário, é fácil assegurar a ingestão diária deste micronutriente essencial.”
São vários os estudos que confirmam que a suplementação com crómio pode ser útil para diabéticos. Segundo explica Mariana Azevedo, licenciada em Farmácia, “o crómio, em conjunto com a insulina, ajuda a transportar a glicose da corrente sanguínea para as células, onde esta constitui uma importante fonte de energia. Na falta de crómio, este processo não ocorre eficazmente, levando à acumulação no sangue”, salientando ainda que “ao regular as concentrações de açúcar no sangue, o crómio pode ajudar a promover o controlo da diabetes e a diminuir o risco de doenças crónicas em pessoas com excesso de peso.”
In “Saúde Online”