O Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) coordenou e realizou 33.656 serviços pré-hospitalares no ano de 2017. Essa meta consta do relatório de gestão de 2017 da instituição liderada por José Dias. 

Segundo o documento, o total de ocorrências de emergência pré-hospitalar verificadas durante o ano de 2017 atinge aqueles números “e, pela sua analise, verifica-se que as corporações situadas nos concelhos mais populosos têm um maior número de intervenção”, explica o relatório. Nesta situação, estão, naturalmente, os concelhos do Funchal, Câmara de Lobos, Machico O e Santa Cruz.

A capital madeirense regista 41% das situações pré-hospitalares, enquanto Câmara de Lobos alcança os 12%, Santa Cruz os 10% e Machico os 9,5 das situações de socorro pré-hospitalares.

No lado oposto, Porto Moniz, Porto Santo e Ponta de Sol chegam aos 2% das operações de socorro pré-hospitalar. Diariamente, o estudo do SRPC garante que são realizadas na Região, em média, 92 ocorrências ao nível do serviço pré-hospitalar, aquele em que só intervêm as ambulâncias do novo corpo de bombeiros da Região e a Cruz Vermelha Portuguesa.

97 ACIDENTES EM PERCURSOS PEDESTRES E LEVADAS

Já o serviço pré-hospitalar mais especializado, no caso nos acidentes em levadas ou percursos pedestres, onde é preciso a intervenção de equipas especializadas e resgate e socorro, as ocorrências chegaram às 97 no ano de 2017.

De acordo com os dados disponíveis, os concelhos de Machico e de Santana são os mais atingidos, cada um com quase metade da intervenção de equipas pré-hospitalares e de socorro e resgate em montanha. Machico e Santana registaram 20 ocorrências com esta tipologia, Funchal 16, Calheta e Câmara de Lobos 9, Santa Cruz 6, São Vicente 5, Ribeira Brava 4, Ponta de Sol e Porto Moniz 3 e Porto Santo com 2 ocorrências, segundo aquele documento da Proteção Civil.

Câmara de Lobos e Ribeira Brava com mais Incêndios em mato e floresta Ao nível dos incêndios, o relatório marca a distinção entre os eventos em mato e florestas e nas áreas urbanas.

No primeiro caso, o ano de 2017 registou 27 incêndios em áreas de florestas e 609 ignições em zona de mato. Aqui, Câmara de Lobos foi o concelho com o maior número de ignições em zonas de mato e floresta, chegando o município a atingir as 128. Ribeira Brava registou um total de 127 ignições, enquanto Santa Cruz (87) e Funchal (82), são os concelhos que registaram também um grande número de incêndios em mato e floresta.

Os únicos concelhos em que não se registaram quaisquer incêndios em zona florestal foram os de Ponta de Sol, Porto Moniz, Porto Santo e São Vicente. Nestes municípios, apenas foram registadas operações de combate a incêndios em zona de mato, também elas em percentagem muito menor do que os restantes concelhos da Região.

Ao nível dos incêndios urbanos ou em áreas urbanizáveis, registaram-se 132 ignições, com o concelho do Funchal a liderar destacadamente os incêndios: 70.

Este número é mais do que metade do total alcançado em toda a região, já que todos os outros concelhos juntos chegam apenas às 62 ocorrências com chamas em áreas urbanas.

Custos do POCIF em 2017

Segundo o Retório de Atividades do Serviço Regional de Proteção Civil, em 2017, o POCIF (Plano Operacional de Combate a Incêndios Florestais), representou um custo de 191.017,60 euros, sendo 15.30% ao custo inerente ao período de prolongamento do período do POCIF. Relativamente ao ano de implementação do plano representa um aumento de mais de 52 mil euros.

Paulo Graça

In “JM-Madeira”