Época balnear vai contar com 53 praias, mas só 26 serão vigiadas
Um mês despois do arranque da época balnear na Madeira e Porto Santo, o pleno desta época oficial de banhos, inicialmente previsto só acontecer amanhã, dia 2 de Julho, data indicada para a entrada em funcionamento das águas balneares localizadas no Concelho da Ribeira Brava – Tabua, Ribeira Brava, Calhau da Lapa e Fajã dos Padres (estas duas em Campanário) – só deverá ocorrer mais à frente.
Provavelmente entre o final desta primeira semana de Julho ou princípio da próxima, que é agora a data estimada para a reabertura dos complexos balneares da Barreirinha e da Doca do Cavacas, ainda encerradas ao público devido a trabalhos de recuperação em curso, consequência do forte temporal marítimo ocorrido no último Inverno.
O pleno da época balnear 2018 na Região fica assim dependente da reabertura destes dois complexos balneares do Funchal, que tudo leva a crer irá acontecer ainda nesta primeira quinzena de Julho. Só quando tal se concretizar, a época balnear na Região estará, finalmente, em funcionamento simultâneo nas 53 águas balneares na Madeira (45) e Porto Santo (8). Menos uma em relação ao número total de praias que consta na Portaria publicada no início de Maio e que procede à identificação das águas balneares para o ano de 2018 bem como à qualificação, como praias de banhos, e à fixação das respectivas épocas balneares para o ano de 2018.
O Gorgulho (Gavinas) é a água balnear desclassificada. Encontra-se interditada por falta de condições de segurança. Por essa razão nem como água balnear poderá ser classificada, porque, para segurança dos banhistas, enquanto estiver interdita não poderá ser utilizada.
A Frente MarFunchal confirmou ao DIÁRIO que o mais provável, este Verão, é o Gorgulho manter-se interdito. A alternativa a esta praia franca é o Lido Poente (embora não identificado como água balnear).
Sendo assim, o número de águas balneares mantém-se idêntico ao registado o ano passado.
Já no que diz respeito às qualificadas praias de banhos (edital de praia), serão 26 as zonas balneares a assegurar vigilância a banhistas e não as 29 inicialmente previstas. Além da desclassificada praia do Gorgulho, permanecerão como ‘praia não vigiada’ outros dois espaços balneares da capital: a Praia Nova (ao lado da Formosa) e a de Santiago (junto à Barreirinha).
Partindo do princípio que as praias de banhos da Ribeira Brava, Doca do Cavacas e Barreirinha vão ter edital de praia (assegurar vigilância) nos próximos dias, o total oficial para este Verão comporta 53 águas balneares, das quais, apenas 26 vão garantir segurança a banhistas.
Onze praias só regularizam situação este mês
Porque compete às câmaras municipais definir a época balnear em cada praia do seu concelho, eis o motivo pelo qual o calendário é cada vez mais variável de praia para praia, até dentro do mesmo município.
Não estranha por isso que haja 11 praias que só vão funcionar regularmente a partir deste mês. Algumas são das mais concorridas praias de banhos da Madeira. Como é o caso do ‘duplo’ areal da Calheta e também na praia da Banda d´Além (Machico), que só hoje inciciam a época balnear. O mesmo acontece nas praias do Garajau (Santa Cruz) e do Vigário (Câmara de Lobos). Também a praia da Calheta, no Porto Santo, só a partir de agora será vigiada por nadadores salvadores. A confirmar-se a normalidade nestas cinco praias de banhos, a partir de hoje passam a ser 23 as praias vigiadas entre as 47 águas balneares em funcionamento.
Vigilância na Formosa reduzida ao mínimo
Apesar de classificada como praia de banhos, a concorrida praia Formosa, com quase um quilómetro de frente-mar, é apenas ‘vigiada’ numa extensão de 100 metros – lado Poente – e somente entre as 10 e as 18 horas, conforme indica o edital de praia afixado.
Isto significa que todos os dias a partir das 6 da tarde - que nesta altura do ano é muitas vezes o período que coincide com a maior afluência de banhistas - o ‘recanto’ em causa deixa de ter a presença dos dois nadadores-salvadores.
ORLANDO DRUMOND
In “Diário de Notícias”