Acções de prevenção intensificadas até Setembro
Tal como já tem sido habitual nos últimos anos, o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE) através da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências (UCAD) vai apostar num reforço das iniciativas de prevenção durante os meses de Verão.
Prova disso e no âmbito da intervenção desenvolvida em contexto recreativo, incidindo na redução de riscos e minimização de danos, é o projecto #Vibes4UNoDrugs, dinamizado em parceria com a Escola Superior de Enfermagem S. José de Cluny e que é reforçado entre 21 de Junho e 23 de Setembro, com iniciativas nas maiores festas e arraiais da Região.
Nestas actividades, os elementos afectos ao projecto fazem aconselhamento aos adolescentes e jovens que frequentam as principais zonas de diversão nocturna sobre as consequências do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e outras drogas, bem como, prestar primeiros socorros, se necessário.
No ano passado o projecto integrou 9 eventos regionais em contexto recreativo, mas não em toda a Região. No corrente Verão, o projecto estará mesmo presente em todos os concelhos da Madeira, algo que acontece pela primeira vez. Sendo assim, em 2018, o #Vibes4UNoDrugs, depois de ter passado pelo São João na Calheta, marca presença nas Festas de São Pedro da Ribeira Brava e Câmara de Lobos, nas 24 Horas a Bailar (Santana), no NOS Summer Opening (Funchal), na Semana do Mar (Porto Moniz), na Festa Gastronómica de Machico, no Arraial dos Lameiros (São Vicente), no Porto Santo, na Semana Gastronómica do Caniço (Santa Cruz), nas Festas de São Vicente e da Ponta do Sol e ainda no Arraial Académico.
40 mil pessoas abrangidas em 2017
De acordo com o relatório de actividades da UCAD, ao longo do ano transacto, foram abrangidas 40.876 pessoas, nas 559 iniciativas implementadas por aquela unidade do IASAÚDE.
No que se refere especificamente à intervenção preventiva, foram abrangidas 32.711 pessoas em todos os concelhos da Região, embora com maior preponderância para o Funchal onde foram promovidas 427 acções que contaram com 15.226 participantes.
A verdade é que, no ano passado, aumentou em 34% o número de pessoas abrangidas em acções preventivas relativamente a 2016 (24.367 comparativamente com 32.711). O aumento verificou-se em todas as faixas etárias abrangidas (dos 5 anos aos 65 anos), sendo que os grupos com maior representatividade correspondem às faixas etárias entre os 15 e os 19 anos (12.214 participantes) e entre os 20 a 24 anos (4.746).
Refira-se ainda que as acções preventivas distribuíram-se pelos vários contextos de intervenção, nomeadamente: comunitário, comunicação social, militar, escolar, desportivo, familiar, laboral, recreativo e lazer. Destacam-se com número acrescido de intervenções preventivas realizadas e de participantes alcançados, os contextos comunitário (6.810), militar (2.199), escolar (5.636) e recreativo (16.220).
No que concerne à intervenção de âmbito selectivo, a UCAD tem procurado reforçar este tipo de intervenção. Neste sentido, foram dinamizados em 2017, 6 programas e projectos deste âmbito, nos contextos familiar e comunitário, designadamente: Programa Comunitário de Prevenção dos Comportamentos de Risco na Adolescência S(ou)TOP; Be(A)Live; Energy4Life; Mães Prevenidas, Filhos felizes; Ser Família e Valoriza-te.
Já no que se refere ao contexto escolar e à semelhança dos anos anteriores, a intervenção preventiva no âmbito dos CAD, em 2017, foi assegurada pelo IASAÚDE, através da UCAD em articulação com outros organismos públicos, designadamente a Secretaria Regional da Educação através da Direcção Regional da Educação no apoio à implementação dos Programas, aplicados pelos docentes nas escolas aderentes: Programa Atlante, Programa Preparando o Meu Futuro e Programa Domicílios e Carros 100% Livres de Fumo. Realizaram-se 112 acções preventivas que abrangeram 5.636 pessoas.
Houve ainda 30 acções de sensibilização/ informação (intervenções pontuais) que incidiram sobre os conceitos de prevenção, substâncias psicoactivas ilícitas e lícitas e mitos relacionados com as mesmas e dependências sem substância, sobretudo dirigidas a alunos de 2º e 3º ciclo, ensino profissional e ensino superior, docentes e pais/encarregados de educação.
In “Diário de Notícias”