O secretário regional da Saúde rejeita que a redução do número de vagas para médicos internos na especialidade de Medicina Geral e Familiar (MGF), nos centros de saúde, tenha alguma coisa a ver com a visita de idoneidade que o respectivo Colégio de Especialidade efectuou, em Maio de 2017, aos centros de saúde da Região. Pedro Ramos garante que as dez vagas concedidas (capacidade) correspondem a igual número solicitado.

 

O governante admite que gostaria de ter mais vagas noutras especialidades, de que a Anestesiologia é o exemplo mais flagrante, e não as tem porque a Ordem não as proporciona. Mas, o lado oposto, vai para as especialidades hospitalares em que o SESARAM não solicitou a abertura de qualquer vaga e a Ordem dos Médicos atribuiu-as. Neste último caso estão, a título de exemplo, a Gastrenterologia, a Nefrologia ou a Cirurgia Plástica.

 

Além da Anestesiologia, contam-se, entre as que a Região gostaria de ter mais capacidade formativa atribuída, a Cardiologia, Ginecologia/Obstetrícia ou a Imunoalergologia.

 

Para tentar alterar o primeiro mapa de capacidades formativas, à semelhança do que aconteceu no ano passado, Pedro Ramos já falou com o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

 

O SESARAM diz ter proposto 40 vagas, um número igual ao conseguido em 2018. Das obtidas, três não foram solicitadas. Das pedidas, três não foram atendidas.

 

Pedro Ramos diz que a solicitação de vagas teve em conta a capacidade do SESARAM para formar novos médicos e as necessidades do serviço, não apenas no imediato, mas também a prazo.

 

Por estas razões, o Secretário da Saúde considerou “uma não notícia” o texto, publicado ontem no DIÁRIO, a dar conta de que o Mapa de Capacidades Formativas de 2019 (inicial) prevê menos dez médicos internos (para a formação de especialidade) do que idêntico documento relativo a 2018.

 

Uma das coisas afirmadas é que a especialidade mais penalizada é MGF, mas, como referido, Pedro Ramos diz que não há penalização. Apenas o SESARAM solicitou a abertura de menos vagas nessa especialidade do que no ano passado. E. P.

 

In “Diário de Notícias”