O caminho ainda é longo quando o assunto é prevenção para o cancro da pele, mas há mais pessoas interessadas em participar nos rastreios. A 5.ª conferência sobre 'Exposição Solar', na Reitoria da Universidade da Madeira, contou com vários oradores, entre os quais o dermatologista Tiago Esteves.

 

O orador deu a conhecer os diversos tipos de cancro de pele na conferência, e lembrou que, das 122 pessoas que fizeram o rastreio este ano, havia uma suspeita de infeção com melanoma em três. Dados preocupantes, em especial porque um destes foi confirmado.

 

Em comparação com o ano anterior, houve também mais pessoas a participar no rastreio.  

 

“Eu penso que ainda há muito a fazer, em especial na Madeira, em que a radiação ultravioleta é muito elevada durante todo o ano”, disse, defendendo o papel das campanhas de sensibilização para que as pessoas fiquem mais atentas.

 

O presidente da direção do Núcleo Regional da Madeira da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Ricardo Sousa, explicou a campanha da próxima época balnear, em conjunto com o SANAS, a ser feita em todas as praias da Madeira e Porto Santo. O objetivo é que várias crianças circulem pelos espaços balneares e entreguem folhetos sobre a doença, colocando ainda autocolantes em três situações: um de cor verde quando forem cumpridas as horas de exposição solar; amarelo quando está entre o bom e o mal e um vermelho quando o contacto com o sol acontecer nas horas críticas (11h00 às 17h00).

 

“O bronze de há uns anos já não é o mais bonito, aquilo que queremos é que as pessoas sejam naturais e com saúde”, sublinhou o presidente.

 

A conferência contou ainda com o dermatologista Pedro Vale Fernandes que abordou os cuidados a ter ao nível da fotoproteção e dos protetores solares. Deixa ainda outras recomendações: “Evitar a exposição entre as horas de radiação mais intensa, privilegiar roupas escuras, usar chapéu”, disse, recomendando os protetores solares das farmácia. J

 

In “JM-Madeira”