Valores pagos pelo IASAÚDE em 2017. Nos primeiros 4 meses deste ano já se somam 3 milhões

 

Durante o ano passado, o Governo Regional através do Instituto da Administração de Saúde (IASAÚDE), pagou perto de 10 milhões de euros a prestadores privados de cuidados de saúde, no âmbito dos acordos de facturação existentes.

 

Estes acordos incluem áreas como Anatomia Patológica, Medicina Física, Ressonâncias Magnéticas, Cirurgias, Cardiologia (exames), Protésicos, Análises Clínicas, Oxigenoterapia e Radiologia, que os utentes do Serviço Regional de Saúde acedem mediante requisições da Medicina Privada, mas também do próprio serviço público, quando não há resposta atempada ou suficiente por parte das unidades ou serviços do SESARAM. Aliás, a maioria destes valores referem-se mesmo a serviços requisitados pelos serviços privados a utentes do SRS (sem subsistema), já que a única excepção é a área da Radiologia, que inclui na sua maioria requisições do serviço público (só o ecodoppler e electromiografia são facturados com requisições do público e do privado).

 

De acordo com os quadro dos valores facturados a que o DIÁRIO teve acesso, é possível verificar que cerca de 60% do valor total desembolsado no ano passado (pouco mais de 5 milhões de euros) refere-se a análises clínicas. Segue-se a Medicina Física, com 1,3 milhões de euros e a Cardiologia com 718 mil euros.

 

Refira-se ainda que, entre Janeiro e Abril do corrente ano, já foram facturados ao IASAÚDE 3 milhões de euros. Novamente, as análises clínicas surgem no topo dos gastos, com 1,5 milhão de euros, seguindo-se a Medicina Física (451 mil euros) e a Cardiologia (221 mil euros).

 

Quase 3,5 milhões de euros em reembolsos aos utentes

 

Mas estas não são as únicas despesas. Além do que é pago aos prestadores de serviço, o IASAÚDE é também responsável pelo pagamento, aos utentes, dos reembolsos com as despesas de saúde. No ano passado, foram cerca de 3,5 milhões euros correspondentes a prescrições do serviço privados e também a prescrições provindas do serviço público e prestadas no privado. Neste âmbito, no ano transacto e em termos de valor, os exames radiológicos foram os mais reembolsados (743 mil euros), seguindo-se as consultas médicas (680 mil euros) e a medicina dentária (668 mil euros).

 

Neste ano, e até ao dia 30 de Abril, já foram reembolsados 1,1 milhões de euros, com maior destaque para as consultas médicas (233 mil euros), medicina dentária (226 mil euros) e os exames radiológicos (214 mil euros).

 

A todos estes valores (facturação dos prestadores de serviços e reembolsos aos utentes do SRS) acrescem ainda os valores relativos à ADSE.

 

Novo regime de reembolsos traz vantagens aos utentes

 

Novo regime de reembolsos ontem anunciado (vide página ao lado) vai facilitar a vida aos utentes que pagarão no acto do serviço ‘requisitado’ apenas a parte que lhes compete, fazendo com que não tenham de se dirigir aos balcões do IASAÚDE para receber o reembolso do valor despendido pelo acto médico em causa.

 

Para o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, “a contratualização de cuidados de saúde via acordos de facturação vai assegurar um maior acesso dos utentes aos cuidados de saúde, dispensando-se o adiantamento da despesa por parte do utente e o posterior reembolso”.

 

O governante explica que “os utentes que recorrerem aos prestadores de saúde contratualizados pelo Governo farão apenas um co–pagamento, o que traz claras vantagens para os utentes na gestão do seu orçamento familiar”. “A nossa maior preocupação é assegurar uma melhor resposta ao utente, nas áreas em que o serviço público não tem capacidade de resposta”, acrescenta ainda.

 

Refira-se ainda que este novo regime não inclui as s requisições do Serviço Público, já que estas não entram nos acordos de facturação, mas sim no âmbito das convenções.

 

In “Diário de Notícias”