Embora se verifique uma diminuição no número de casos, os países a sul da Europa são os que registam as taxas de obesidade infantil mais altas. Os dados são do observatório europeu de obesidade da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Em países como Itália, Portugal, Espanha e Grécia, embora as taxas de obesidades estejam altas, houve uma diminuição importante que se deve ao esforço significativo que estes países fizeram para gerir e prevenir a obesidade infantil”, afirmou João Breda, o diretor do departamento europeu da OMS para o controlo e prevenção de doenças não comunicáveis, em Moscovo.
Portugal está entre os países com sinal positivo em áreas como o consumo de fruta, que três quartos ou mais das crianças comem todos os dias ou entre quatro a seis dias por semana.
Com a Irlanda, Dinamarca, Albânia, Montenegro, Itália, São Marino, Rússia ou Turquemenistão, Portugal é também dos países em que houve redução no consumo de pizzas, batatas fritas, hambúrgueres, salsichas ou empadas, comidas entre uma a três vezes por semana.
“É crucial aumentar o consumo de fruta e vegetais entre as crianças, reduzindo o seu consumo de doces e especialmente bebidas açucaradas. É também muito importante aumentar a consciência dos pais e famílias para o problema da obesidade infantil, uma vez que os nossos dados mostram que muitas mães não reconhecem que os seus filhos têm peso a mais ou são obesos”, acrescentou.
De acordo com os números divulgados hoje, compilados entre 2016 e 2017, em Itália, Espanha, Grécia, Malta e São Marino, um em cada cinco rapazes é obeso. Por outro lado, França, Noruega, Irlanda, Letónia e Dinamarca apresentam taxas de 5% a 9% de obesidade infantil para ambos os sexos.
A tendência geral entre os 38 países observados pela OMS é de descida das taxas de obesidade. A investigação abrangeu 250.000 crianças entre os seis e os nove anos, que fizeram testes padronizados de peso e altura.
In “Saúde Online”