Reabilitação avança na parte exterior a 11 de Junho e no interior no 1.º trimestre de 2019

 

O Hospital dos Marmeleiros será alvo de obras de reabilitação que vão decorrer em duas fases.

 

A primeira arranca já a 11 de Junho e contemplará toda a estrutura exterior do antigo edifício. A segunda fase avança no primeiro trimestre de 2019 e açambarcará toda a zona interior. As obras resultam de um investimento do Governo Regional superior a 1 milhão de euros. O contrato para a execução da empreitada com a empresa RIM, a quem foi adjudicada a obra, será assinado na próxima terça-feira.

 

Quando tudo estiver terminado, o que se prevê que aconteça no final do Verão de 2019, o Hospital dos Marmeleiros surgirá renovado por dentro e por fora, dando assim cumprimento ao que o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque tinha garantido: uma profunda reabilitação da unidade de saúde.

 

Há algum tempo as condições estruturais e funcionais daquela unidade hospitalar vem sendo alvo de críticas e reparos por parte de utentes e visitantes dos serviços de saúde, devido a infiltrações de água e ao estado avançado de degradação dos equipamentos, desde portas e janelas, assim como praticamente todo o mobiliário.

 

O secretário regional dos Equipamentos e Infra-estruturas, Amílcar Gonçalves, explica que a obra tem de, obrigatoriamente, começar pelo exterior, de modo a resolver os problemas de cobertura e nas fachadas. “Sei que algumas pessoas acham que se deveria começar pelos interiores, por considerarem que estão mais necessitados de obras. Só que não se pode começar a obra pelo interior, quando a causa dos problemas está no exterior”, explica ao DIÁRIO.

 

Assim, nesta primeira fase, explica o governante, “os trabalhos decorrerão ao nível de exteriores, de modo a renovar a cobertura (telhado), a privilegiar a segurança e o conforto térmico, a eliminar infiltrações e a reabilitar as fachadas, com intervenções nas paredes e substituição integral das caixilharias”.

 

Só depois desta intervenção é que se poderá avançar para a recuperação dos interiores. “Fazer o contrário seria ‘jogar dinheiro fora’, porque pouco tempo depois estaria tudo na mesma”, aponta.

 

Por seu turno, o projecto de reabilitação do interior do Hospital dos Marmeleiros estará focado, sobretudo, na questão funcional do edifício, na situação da segurança contra incêndios e nas acessibilidades.

 

Amílcar Gonçalves considera a recuperação do Hospital dos Marmeleiros uma das prioridades deste Governo Regional. A fase de trabalhos no terreno não avançou antes porque tiveram de ser “lançados vários procedimentos e estudos” que se revelaram algo morosos, admite o secretário regional, mas que se deveram à complexidade da obra: “trata-se de uma intervenção numa unidade de saúde em funcionamento, o que obriga sempre a outros cuidados”, justifica.

 

Quanto às obras da primeira fase a lançar a concurso, e que contemplam a recuperação e reabilitação exteriores do imóvel, o foco será a envolvente do edifício, que se encontra bastante degradada. A empreitada tem um preço base de 890 mil euros e um prazo de execução de 240 dias (oito meses).

 

Consistirá essencialmente na recuperação e substituição da cobertura em telha, incluindo a estrutura de suporte e a reposição de impermeabilizações e caleiras, a pintura de todas as fachadas exteriores e a substituição dos vãos de madeira (nas janelas) existentes por vãos de alumínio, de modo a proporcionar melhor conforto térmico e acústico, como também maior segurança, dada a altura do edifício, com a colocação de limitadores de abertura.

 

Terreno monitorizado por inclinómetros

 

O parque de estacionamento dos Marmeleiros está a ser alvo de monitorização por parte do Governo Regional que instalou no local dois inclinómetros, permitindo que seja aferido permanentemente a estabilidade daquele terreno.

 

Recorde-se que está já concluída a obra de recuperação da rede de esgotos daquela unidade de saúde. Os trabalhos foram orçados em cerca de 90 mil euros.

 

A intervenção, explica Amílcar Gonçalves, consistiu na substituição de um colector enterrado e respectivas ligações às caixas existentes e a recuperação ou substituição da tubagem de uma rede existente e reposição do pavimento.

 

A implementação do presente projecto implicou a completa desactivação da rede existente, removendo-a ou inutilizando-a. A obra irá corrigir algumas fugas e derrames que estão a afectar, actualmente, a estabilidade do talude a jusante, onde está o parque de estacionamento.

 

Refira-se ainda que está já a decorrer a intervenção florestal nos taludes circundantes, que consistem sobretudo na limpeza do terreno: corte de vegetação espontânea e controlo de espécies invasoras, incluindo a aplicação de herbicida isento de classificação toxicológica, ecotoxicológica e ambiental em toda a área e com o acerto dos taludes.

 

Para além da questão sanitária, esta intervenção visa, sobretudo, a segurança contra possíveis incêndios florestais.

 

Estão também a ser fornecidas e plantadas unidades diversas de espécies de plantas, nomeadamente herbáceas, massarocos, carvalhos, castanheiros, nogueiras, entre outras, do grupo das “Folhosas”.

 

Os trabalhos custaram cerca de 110 mil euros.

 

In “Diário de Notícias”