A Madeira tem 25 hemofílicos, pessoas a quem falta factores de coagulação no sangue, isto é, falta-lhes componentes que fazem com que, em caso de sangramento, sangrem durante mais tempo. O número e a explicação foram dados, ontem, em São Vicente, pelo secretário regional da Saúde.
Pedro Ramos participava numa iniciativa que visou assinalar o Dia Mundial da Hemofilia. Na organização da comemoração, a Secretaria da Saúde e o SESARAM contaram com a colaboração da Câmara Municipal de São Vicente. Naquele concelho, entre outras actividades, houve uma vista às já famosas grutas.
Pedro Ramos disse que assinalar um dia de algo ligado à saúde deve passar por uma avaliação do que tem vindo a ser feito e do que pode vir a ser. Neste último aspecto, o governante diz estar a ser estudado, em parceria com a Secretaria da educação, um maior e melhor acompanhamento das crianças hemofílicas. A ideia é prevenir eventos que obriguem os pais a se envolverem a prejudicarem as suas actividades profissionais.
Quanto ao que tem sido feito, o director de Serviço de Sangue e Medicina Transfusional afirmou que a Madeira se enquadra nas novas tendências, em que a aposta vai para a profilaxia (prevenção) mais do que para o tratamento, apesar de estar totalmente capacitada a esse nível.
Na Madeira, ao contrário do que acontece no restante território nacional, predomina a hemofilia B. No resto do País, a A. Bruno Freitas diz que isso se deve ao facto de sermos uma ilha.
A Hemofilia é uma doença rara, o que, por definição, tem de registar 1 a 5 casos em cada dez mil habitantes. Na Madeira, existe 1 por cada dez mil.
In "Diário de Notícias"