O Dia Mundial do Doente de Parkinson é assinalado hoje na Madeira com a distribuição de panfletos e com a divulgação de um curso para cuidadores
Há dez anos, a doença de Parkinson afectava cerca de 2 mil pessoas na Madeira, mas actualmente “não há dados que quantifiquem, ao certo, o número de doentes que são seguidos pela consulta de Neurologia do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) com este diagnóstico”, diz Sara Freitas, presidente da Delegação Regional da Associação de Doentes de Parkinson.
Antes, o Parkinson era uma doença de “pessoas idosas e agora passou a ser uma doença que chega a pessoas com 30, 40 anos”, nota a representante da Delegação, que sublinha a importância da disponibilização de novos dados que permitirão que os doentes sejam acompanhados “o mais precocemente possível”. Com um diagnóstico e medicação correctos, “é possível estagnar a doença em 99,9% dos casos”.
A Associação de Doentes de Parkinson tem realizado um trabalho de proximidade com os seus associados, ajudando-os a viver com com mais positividade perante esta patologia. Para tal, a associação promove sessões de actividade física, disponibiliza-se para esclarecer todas as dúvidas e acompanha todo o processo que o doente vive com esta doença, que afecta muitas vezes o foro psicológico.
Formação para cuidadores
Para assinalar o Dia Mundial do Doente de Parkinson, que se comemora hoje, a associação vai proceder à distribuição de panfletos informativos sobre a doença e vai também promover uma sessão de divulgação de um curso destinado a doentes de Parkinson. A formação irá decorrer na sede regional da Associação de Doentes de Parkinson, localizada no Complexo Habitacional da Nazaré, em São Martinho, no dia 25 de Maio, e tem como objectivo fazer vários esclarecimentos sobre esta doença aos cuidadores destes doentes, que muitas vezes não conseguem compreender e até mesmo lidar com determinadas situações, devido à falta de informação. “As pessoas que cuidam dos doentes de Parkinson precisam de saber o que é a doença. Algumas pensam que os doentes não se querem mexer ou não querem tomar café, nem querem tomar banho, mas isso não é verdade. O corpo é que não reage às ‘ordens’ do cérebro e os cuidadores têm de entender isso”.
Nesta formação, intitulada ‘Cuidar do Cuidador do Doente de Parkinson’, serão exibidas técnicas e demonstrações práticas para que os cuidadores formais (profissionais) e informais (familiares) consigam tornar o seu trabalho para com o doente mais eficaz e frutífero. “Queremos juntar estes dois tipos de cuidadores porque achamos que é importante que eles partilhem aspectos e técnicas de ajuda aos doentes com pequenos pormenores, como é o caso de ajudar os doentes a se levantar”.
As primeiras manifestações da doença, cuidados específicos, saúde física, mental e emocional do doente e do cuidador e a prática nos cuidados ao utente são alguns dos assuntos que serão abordados nesta sessão, que decorrerá entre as 16 e as 20 horas (do dia já referido).
Os participantes vão ter direito a um certificado e as inscrições podem ser feitas através do e-mail ‘Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.’.
In “Diário de Notícias”