Em comunicado, o Infarmed diz também que vai antecipar medidas para preparar o sistema de saúde para a entrada de tecnologias que alterem, de forma significativa, a prestação de cuidados de saúde, a nível organizacional, orçamental, entre outros
O Infarmed está a definir um mapa com a inovação que deverá entrar nos próximos dois anos em Portugal, de forma a estabelecer prioridades e a agilizar a entrada no mercado de novas tecnologias de saúde, informa a instituição em comunicado distribuído há pouco.
Para fazer este mapeamento, foi solicitado a cerca de 200 empresas do setor farmacêutico que enviassem informação sobre os pedidos de financiamento que vão submeter até ao final de 2019, para novas substâncias ativas, novas indicações e primeiros genéricos e biossimilares. Este projeto de Horizon Scanning arrancou com o setor do medicamento, mas prevê-se que venha a ser alargado a outras tecnologias de saúde numa fase posterior.
A recolha e tratamento, de forma sistemática, de informação de várias fontes sobre a entrada de novas tecnologias de saúde no Serviço Nacional de Saúde permitirá uma melhor planificação das atividades. O Infarmed vai também antecipar medidas para preparar o sistema de saúde para a entrada de tecnologias que alterem, de forma significativa, a prestação de cuidados de saúde, a nível organizacional, orçamental, entre outros.
Atualmente já existem alguns projetos similares a decorrer na Europa, entre eles uma iniciativa europeia desenvolvida pela rede europeia de avaliação de tecnologias de saúde (EUnetHTA), que conta com a participação ativa do Infarmed.
A maior parte das empresas já receberam um formulário, que deverá ser respondido até ao dia 20 de abril. As empresas que não tiverem sido contactadas podem, em alternativa, preencher o formulário através do site do Infarmed.
A colaboração de todas as empresas é fundamental para planear adequadamente as avaliações e o processo de negociação e financiamento, tornando-o mais célere e previsível.
O projeto assenta na colaboração de várias direções do Infarmed, integrando a perspetiva de investigação e desenvolvimento, regulamentar, de avaliação de tecnologias de saúde e de monitorização das tendências de consumo e despesa.
In “Saúde Online”