Ampliação da infraestrutura vai agora para concurso e obra deverá arrancar em outubro
Irão custar dois milhões de euros as obras de ampliação, dotando a unidade de mais 12 gabinetes clínicos, três salas de tratamento e ainda um piso técnico.
Na sequência do 'check-up' que há cerca de um ano foi sendo feito, sucessivamente, aos centros de saúde da Região, com consequentes obras de melhoria e requalificação em alguns deles, chegou agora a vez de ser anunciado o veredito em relação ao Centro de Saúde da Nazaré: será alvo de obras de ampliação.
Os projetos estão já concluídos, passando-se à fase do lançamento do concurso, até maio, perspetivando, o Governo Regional, que a máquinas comecem a operar até outubro. Adicione-se 10 meses de trabalho e, numa visão otimista, no verão de 2019 tudo deverá estar otimizado. Trata-se de um investimento exclusivamente da Região, orçado em cerca de dois milhões de euros.
“A ideia é construir um novo corpo a sul, com seis gabinetes de enfermagem, seis gabinetes médicos, ais três salas de tratamento, um piso técnico e, ainda, dotar o centro de um elevador”, especificou ontem Miguel Albuquerque, que apresentou a obra, no local, acompanhado dos 'seus' secretários regionais Pedro Ramos e Amílcar Gonçalves.
A complementaridade com que será dotado o Centro de Saúde da Nazaré, constituirá 'apenas' mais uma peça do puzzle idealizado pelo Governo Regional, que visa um todo: dotar a Região de uma rede de primários de saúde que possa agregar toda a população. Por esta altura, os números na Madeira indicam que 70 por cento dos aqui residentes disponham de médicos de família.
“Vamos completar, progressivamente, os chamados cuidados primários de saúde. E essa rede passa por termos bem ordenado todo o sistema da saúde primária, de médicos de família, nos centros de saúde. Isso vem retirar, quer uma sobrecarga para o centro hospitalar, quer diminuir os custos na saúde”, projeta o presidente do Governo Regional. E, desta forma, “a solução passa pela criação de unidades de saúde familiares. A primeira que criámos foi a da Ponta do Sol, que está a trabalhar bem – temos uma cobertura de 100% –, mas que isso aconteça é fundamental quer em termos estruturais e funcionais, quer em termos de pessoal”. JM
Infraestruturas rede de cuidados
Albuquerque explica que “a rede dos cuidados primários é fundamental. Se uma criança for acompanhada toda a sua vida por um médico de família, teremos um histórico clínico, com diagnósticos regulares. E, com uma boa alimentação e hábitos de vida saudável, evitamos a doença. As sociedades, hoje, assistem a um aumento de esperança de vida – na Madeira estamos na média dos 80 anos – mas é importante que as pessoas vivam com qualidade de vida. E só o conseguimos fazer através da criação dessa rede de cuidados primários, que estamos a desenvolver na Região”. JM
Recursos mais oportunidades
Para além dos benefícios para os utentes, o presidente do Governo Regional relaciona também a requalificação e ampliação de centros de saúde, com mais possibilidades de trabalho para os profissionais ligados ao setor, embora releve outras adversidades. Assim, na atualidade, releva, “estamos abrindo progressivamente o quadro do SESARAM para novas contratações, mas algu- mas são difíceis. Por exemplo, é difícil encontrar hoje no mercado, mesmo europeu, médicos anestesistas, ortopedistas temos também dificuldades… Mas temos que continuar a fazer este esforço”. JM
2 ME VALOR DA OBRA, 100% A EXPENSAS DA REGIÃO
70% MADEIRENSES QUE TÊM MÉDICO DE FAMÍLIA
35.000 UTENTES QUE USUFRUEM DO CENTRO DE SAÚDE DA NAZARÉ
In “JM Madeira”