Coimbra vai receber, em abril, uma reunião intercalar da Cimeira Mundial de Saúde, que terá como foco principal a saúde em países africanos, aproveitando as “relações históricas” de Portugal com África.

 

A reunião intercalar, que antecede a cimeira anual marcada para outubro em Berlim, foi hoje apresentada numa conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa, com o ministro Adalberto Campos Fernandes a destacar o progresso de Portugal na área da saúde e da investigação científica.

 “Se há áreas onde Portugal tem progredido muito nos últimos anos são claramente a da saúde e do ensino e investigação científica e clínica”, declarou o ministro da Saúde. 

Campos Fernandes lembrou que Portugal tem “uma posição privilegiada pelas relações históricas com África, com a América do Sul e com a comunidade dos países de expressão oficial portuguesa”, indicando que a presença destes estados é muito importante na cimeira que decorrerá em Coimbra. 

Segundo os organizadores da “World Health Summit Regional Meeting”, que se realizará dias 19 e 20 de abril, Portugal vai aproveitar a cimeira para “focar a atenção do mundo para os problemas que afetam a maioria” dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) “num contexto de saúde pública”. 

Organizada por um consórcio constituído pela Universidade de Coimbra e pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a cimeira espera cerca de 600 participantes, oriundos de 40 países. Entre os temas a debater estão a gestão das doenças infecciosas nos países menos desenvolvidos, bem como as questões da equidade em saúde. A redução da mortalidade maternoinfantil, a relação entre alterações climáticas e doenças infecciosas, a vacinação ou os ensaios clínicos em países africanos são outros assuntos incluídos na agenda da cimeira. 

Nas cerimónias de abertura e encerramento prevêem-se intervenções do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, do comissário europeu para a investigação, Carlos Moedas, bem como do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa e do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

 

In “Saúde Online”