Os dados estatísticos da Direção Regional de Estática da Madeira, relativos à mortalidade, mostram que em 2016, ocorreram 2.614 óbitos de residentes na RAM, mais três que em 2015 (2 611 óbitos).

 

Destes dados sabe-se que 1.309 eram do sexo masculino (50,1%) e 1.305 do sexo feminino (49,9%).

No que se refere às três principais causas de morte, que representam cerca de 70% da mortalidade na Região, destacam-se em primeiro lugar as doenças do aparelho respiratório, os tumores malignos e doenças do aparelho respiratório.

A DREM aprofunda os dados regionais falando primeiramente das doenças do aparelho circulatório que se mantêm como a principal causa básica de morte na Região, com registo de 735 dos óbitos, ou seja, 28,1% do total (28,2% em 2015).

"Decresceram em termos anuais pelo segundo ano consecutivo (-5,5% em 2015 e -0,3% em 2016); nos últimos 26 anos diminuíram em média 1,3% ao ano", pode ler-se na informação da DREM.

Além disso sabe-se ainda que a mortalidade feminina (30,9% do total) foi superior à masculina (25,4%) e que a taxa bruta de mortalidade foi de 287,5 óbitos por 100 mil habitantes, com valores mais elevados para as mulheres (295,4) do que para os homens (278,4);

A maior parte das mortes ocorreram em pessoas com 65 e mais anos, representando 83,5% do total de óbitos por esta causa (71,4% nos homens e 93,5% nas mulheres).

Além disso, destacam-se os óbitos por doenças cerebrovasculares, também designados por acidentes vasculares cerebrais (AVC), associados a 225 dos falecimentos (8,6% do total de óbitos);

Já os tumores malignos, mostram as estatísticas, voltam a posicionar-se como segunda causa básica de morte na Região, com registo de 562 óbitos (332 homens e 230 mulheres), o que equivale a 21,5% da mortalidade na Região (20,1% em 2015).

"Em 26 anos, apresentaram o quarto valor mais alto, a seguir a 2014 (610 óbitos), a 2012 (589 óbitos) e 2010 (563 óbitos), crescendo a uma média anual de 1,1%; face a 2015 cresceram 7,0%", descreve.

Evidenciaram-se os óbitos por tumor maligno da laringe e traqueia/brônquios/pulmão, que vitimaram 91 pessoas (3,5% do total de óbitos).

"A Taxa bruta de mortalidade foi de 219,8 óbitos por 100 mil habitantes, com valores mais elevados para os homens (278,4) do que para as mulheres (168,6)", descreve a direção regional.

Perto de dois terços das mortes ocorreram em pessoas com 65 e mais anos, representando 65,3% do total de óbitos por esta causa (61,4% nos homens e 70,9% nas mulheres).

Já a terceira causa básica de morte na Região foram as doenças do aparelho respiratório, que regstaram 531 óbitos, correspondendo a 20,3% do total de mortes observadas na Região (21,0% em 2015).

"Diminuíram 3,3% face a 2015, invertendo tendência crescente iniciada em 2012; entre 1990 e 2016, em termos médios, aumentaram 5,6% ao ano;

Destacam-se as pneumonias, que resultaram em 364 óbitos, 13,9% do total de óbitos", descreve co comunicado.

Este tipo de doenças vitimou mais mulheres (20,4%) do que homens (20,2% do total), sendo que a taxa bruta de mortalidade foi de 207,7 óbitos por 100 mil habitantes, com valores mais elevados para os homens (222,2) do que para as mulheres (195,0);

As pessoas com 65 e mais anos foram as mais afetadas, representando 92,5% do total de óbitos por esta causa (88,3% nos homens e 96,6% nas mulheres).

Petra Teixeira

In “Jornal da Madeira”