Os novos sensores para determinação da glicose intersticial terão um custo máximo de 53 euros e uma comparticipação de 85% desse valor pelo Estado.
A portaria que vai permitir a comparticipação em 85% dos novos dispositivos de medição da glicose que evitam picadas diárias foi nesta quinta-feira publicada, entra sexta-feira em vigor, mas produz efeitos a 08 de Janeiro.
Os novos sensores para determinação da glicose intersticial terão um custo máximo de 53 euros e uma comparticipação de 85% desse valor pelo Estado, segundo a portaria publicada em Diário da República, assinada pela secretária de Estado da Saúde, Rosa Zorrinho.
O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento tinha anunciado em Novembro que os doentes com diabetes tipo I passariam a ter disponível um dispositivo para monitorização dos níveis de glicose que evita as picadas diárias, comparticipado em 85% e que vai chegar a 15.000 pessoas no primeiro ano. A diabetes de tipo I é uma doença auto-imune que implica injecções diárias de insulina.
"Todas as crianças com mais de quatro anos serão beneficiadas com este dispositivo", referia um comunicado do Infarmed então divulgado.
Segundo o organismo, o novo dispositivo "mede automaticamente os níveis de glicose e está indicado em substituição dos testes até aqui realizados no âmbito da autogestão da doença".
"É particularmente relevante para as crianças e para os doentes que administram diariamente múltiplas doses de insulina, encontrando-se assim sujeitos a sucessivas picagens no dedo ao longo do dia. O sistema garante um maior controlo das hipoglicémias (baixas de açúcar no sangue) e pode disponibilizar uma imagem da glicemia do doente correspondente ao período de 24 horas. O sensor do sistema FreeStyle Libre é aplicado na parte posterior do braço e armazena os dados de glicose continuamente durante até 14 dias", explica o Infarmed.
In “Público”