Valores passam a ser pagos directamente pelos serviços centrais, em lisboa

 

 

No próximo dia 1 de Janeiro entram em vigor novas regras e procedimentos de reembolsos relativamente às despesas de saúde para os beneficiários da ADSE.

 

As alterações decorrem da publicação da nova legislação nacional relativa a esse regime de benefícios no nosso país e que vai também implicar mudanças nos procedimentos regionais.

 

Segundo uma circular informativa recentemente emanada do Instituto da Administração da Saúde (IASAÚDE) as alterações vão afectar todos os beneficiários da ADSE dos serviços regionalizados da Região, tudo porque, “a partir de 1 de Janeiro de 2018, a ADSE, IP assumirá a gestão do regime e da atribuição de benefícios em todo o território nacional, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores”.

 

Sendo assim, e ao contrário do que do acontece até agora (e até ao final do corrente mês de Dezembro), o IASAÚDE “deixará de ser a entidade competente na RAM para proceder à conferência e ao pagamento das despesas dos beneficiários da ADSE entregues para efeitos de reembolso”.

 

De qualquer modo, sublinha a circular, e para “conforto do beneficiário”, continuará a ser possível entregar nas instalações do IASAÚDE (Rua das Pretas nº 1) toda a documentação que fundamente as despesas de saúde em causa.

 

A entidade alerta porém que, para as despesas realizadas até ao próximo dia 31 de Dezembro (mesmo que sejam entregues já no próximo ano), o IASAÚDE mantém a responsabilidade pela conferência e pagamento das mesmas. Ou seja, o procedimento actual mantém-se e caso haja qualquer dúvida sobre estes processos, o IASAÚDE é o responsável pelos mesmos, logo poderá efectuar esclarecimentos.

 

Sem acesso ao valor previsível de reembolso

 

Já no que concerne as despesas efectuadas a partir de 1 de Janeiro de 2018, a nova legislação obrigada a que estas passem a ser conferidas e pagas directamente pelos serviços centrais da ADSE.

 

Desta forma, os beneficiários da ADSE na Região poderão continuar a entregar os documentos de despesa na sede do IASAÚDE, que posteriormente enviará os mesmos para os serviços responsáveis em Lisboa, onde serão conferidos e o pagamento processado. Isto fará com que os beneficiários, aquando da entrega dos documentos relativos às despesas de saúde recebam, por parte do IASAÚDE, apenas um comprovativo de entrega de documentação, mas não terão acesso ao valor previsível de reembolso, ou seja, não saberão qual o valor a que terão direito

 

O IASAÚDE acrescenta ainda que “qualquer dúvida relativa à conferência e pagamento do reembolso destes processos será da inteira responsabilidade da ADSE, IP.”

 

Beneficiários queixam-se da espera, IASAÚDE dá opções

 

As queixas dos utentes relativamente ao atendimento nos serviços de reembolsos do IASAÚDE sucedem-se. Beneficiários quer da ADSE, quer da Segurança Social, relatam ao DIÁRIO longos períodos de espera (duas e três horas).

 

Bruna Gouveia, vice-presidente do IASAÚDE, admite que nas épocas de férias há sempre mais afluência aquele serviço. Foi nesse sentido, explica, que foram disponibilizadas outras opções para entrega dos documentos relativos às despesas de saúde “para facilitar o acesso a este serviço”. E explica, além do atendimento ao balcão por funcionário, há um balcão manual (no qual preenchem os documentos e colocam numa caixa que existe logo à entrada), têm o pré-registo e o envio através dos CTT, têm ainda a hipótese do quiosque digital disponível na Loja do Cidadão e que tem atendimento automático e ainda, para aquelas pessoas que optam mesmo para ir ao IASAÚDE, tem ainda a possibilidade de com o controlo da senha, através de um código QR, analisar o ‘status’ e a senha virtual que as pessoas podem tirar fora do instituto e acompanhar o andamento dos atendimentos.

 

Bruna Gouveia afirma que, apesar das alternativas criadas para entrega dos documentos e do IASAÚDE ter no local duas funcionários para prestar informações aos utentes, inclusivamente sobre os vários procedimentos possíveis para evitar essas longas esperas, a verdade é que ainda são poucas as pessoas a aderir aos processos agilizados e a preferir o atendimento tradicional. Isto leva a que por vezes esteja um grande número de pessoas à espera para serem atendidas, admite a responsável, acrescentando que por isso tem sido feito um esforço de informação aos utentes/beneficiários no sentido de terem conhecimento das várias opções de entrega de documentos e a ajudar os mesmos a efectuar os passos necessários em cada uma das opções.

 

In “Diário de Notícias”