A Região tem coberturas vacinais elevadas, mesmo na população adulta

A Região, através de um trabalho concertado entre Autoridade e Serviço de Saúde, está a trabalhar activamente para o cumprimento dos objectivos nacionais do Programa de Eliminação do Sarampo. Neste âmbito, o objectivo é atingir a cobertura vacinal entre 97 e 99% na faixa da população nascida entre 1970 e 1999.

 

De acordo com Bruna Gouveia, vice-presidente do Conselho Directivo do Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), a cobertura vacinal ao nível da Madeira e Porto Santo é de 92%, o que já corresponde a um valor satisfatório. Porém, e conforme a recomendação emanada pela Direcção-geral da Saúde, estão a ser vacinadas as pessoas dessas zonas que não têm história credível de sarampo. “Está a ser feita essa análise, caso a caso”, diz a responsável, referindo que o valor apurado de 92%,é já um bom parâmetro.

 

De qualquer modo, as pessoas que não estão vacinadas, nem têm historial de Sarampo, estão a ser contactadas pelos Centros de Saúde correspondentes, a fim de actualizar o seu processo. “Todas as oportunidades, são oportunidades para vacinar”, afirma. E esta é uma máxima que é válida para todas as faixas etárias, até porque, como explica a vice-presidente do IASAÚDE, os efeitos das vacinas são cumulativos.

 

População adulta está bem protegida

 

Se, por um lado, o aparecimento de casos de Sarampo no princípio do corrente ano, levantou preocupações quanto às coberturas vacinais nas idades adultas, a verdade é que mesmo em pessoas com idades superiores a 18 anos, a Região regista taxas de cobertura bastante elevadas, explica Bruna Gouveia. “São mesmo das taxas mais elevadas do país”, garante.

 

Por exemplo, no caso da vacinação contra o Meningococo (Neisseria meningitidis C), 83% das pessoas nascidas em 1989 foram vacinadas. Se formos a ver o caso dos nascidos em 1990, a taxa de cobertura vacinal já ascende a 88% e nos nascidos em 1991, é de 90%.

 

Já relativamente às vacinas contra o Tétano e Difteria, nos nascidos em 1971 a cobertura vacinal ronda os 74% e na coorte da população que nasceu em 1991, 79% estão vacinados.

 

Na faixa da população que nasceu a partir de 1994, as coberturas vacinais já ascendem a 95% ou mais, isto no caso não só do Meningococo ou Tétano, mas também da Hepatite B e da vacina contra Sarampo, Parotidite Epidémica e Rubéola. Na coorte nascida em 1998 (actualmente com 19 anos), as coberturas vacinais estão mesmo acima dos 97%.

 

Já no que se refere à vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), apenas para a população feminina, a cobertura vacinal varia entre 86,9% (coorte de 1992) e 93,6% (coorte de 1998).

 

Coberturas acima dos 62% na população com mais de 65 anos

 

Mesmo no caso da população da Madeira com idade igual ou superior a 65 anos, as coberturas vacinais estão acima da média nacional

 

No caso da vacinação contra o Tétano e Difteria, a taxa mais baixa é encontrada na coorte da população nascida em 1945: 62,2%. Já nos nascidos em 1951, a cobertura vacinal é de 75,5%.

 

Embora sejam valores satisfatórios, a verdade é que não se comparam com as taxas de cobertura vacinais na população com menos de 18 anos, que se pautam, nas vacinas incluídas no Plano Regional/Nacional, por valores sempre a rondar os 97 e 98%.

 

No caso da Prevenar 7 e 13 (vacina contra o Streptococcus pneumoniae que entrou no Plano Nacional de Vacinação em 2015, refira-se que as coberturas vacinais na Região são de 59% para os nascidos em 2006 e de 77% nos nascidos em 2012, o que indica que, mesmo antes da vacina ser gratuita e universal, já havia uma elevada adesão à mesma.

 

In “Diário de Notícias”