A Associação RESPIRA sensibiliza a população para a realização da espirometria, como um exame não ivasivo, prático e indolor, essencial no diagnóstico precoce das doenças respiratórias.
Em Portugal existem cerca de 1,5 milhões de pessoas com doenças respiratórias, das quais 800 mil com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC).
“É importante mostrar às pessoas que se trata de um exame simples e indolor e, acima de tudo, essencial no despiste das doenças respiratórias e na garantia de uma melhor qualidade de vida da pessoa recém diagnosticada. Este exame pode prevenir estadios mais avançados da DPOC. Queremos transmitir a mensagem de que realizar uma espirometria é como medir a tensão arterial, ou seja, os resultados são imediatos, sendo as principais vantagens deste exame a sua simplicidade, fácil compreensão e interpretação para um rápido diagnóstico”, explica Isabel Saraiva, vice-presidente da RESPIRA.
A Associação RESPIRA congratula ainda a Direção Geral de Saúde (DGS) pela implementação do projeto-piloto da criação de uma rede de espirometrias nos Cuidados de Saúde Primários. Este projeto permitiu a realização de mais de 3.000 exames nos centros de saúde das regiões do Algarve e Alentejo entre outubro de 2016 e julho de 2017.
“Este projeto piloto tem permitido reforçar a prevenção e o diagnóstico precoce da DPOC e garantir um tratamento adequado e articulado entre os cuidados de saúde primários de proximidade e os cuidados de saúde hospitalares.
O relatório deste ano apresenta um balanço muito positivo, aponta para uma redução significativa dos internamentos das doenças respiratórias crónicas e para o aumento da probabilidade de se identificarem doentes numa fase mais precoce e de se começar a tomar medidas preventivas, como a vacinação para a gripe, a terapêutica adequada e a cessação Tabágica”, explica Cristina Bárbara, Diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias.
“Esperamos que os bons resultados inferidos do projeto-piloto permitam alargar a acessibilidade a este exame a nível nacional. Os ganhos em saúde serão, certamente, enormes, haverá maior eficácia da terapêutica, redução da necessidade de internamento, menos mortalidade, mais e melhor prevenção, menos absentismo, mais produtividade e, acima de tudo, melhor qualidade de vida dos nossos doentes”, conclui Isabel Saraiva.
Comunicado/SO
In “Jornal da Madeira”