Decorre hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a conferência dedicada ao risco familiar de cancro.

O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza este evento, no qual irá “abordar uma perspetiva pouco discutida em torno da doença oncológica, a da sua hereditariedade”, esclarece comunicado de imprensa.

 

Os palestrantes serão Manuel Sobrinho Simões, presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), Javier Benitez, do Centro Nacional de Investigaciones Oncológicas, em Madrid, Hans Vasen, gastrenterologista da Universidade Leiden, na Holanda e a Elena Stoffel, gastrenterologista da University Michigan Cancer Genetics Clinic, nos Estados Unidos da América.

 

Os temas em discussão serão «Síndromes Hereditárias de Cancro Colorretal, Mama e Ovário»; «O que está para além do diagnóstico genético»; «Aspetos éticos e legais do diagnóstico genético»; «Síndromes hereditárias de cancro e a sociedade civil no século XXI».

 

“Todos os casos de cancro resultam de alterações genéticas somáticas que ocorrem nas células de um dado órgão. No entanto, muitas vezes é possível identificar uma história pessoal ou familiar de cancro que resulta da existência de mutações germinais, que serão, portanto, transmitidas de geração em geração. A identificação destas alterações genéticas permite distinguir numa família, quem tem risco alto de cancro e quem não tem. Os primeiros devem ser incluídos em programas de vigilância específicos, uma vez que demonstram benefícios clínicos. Torna-se, assim, necessário consciencializar os profissionais de saúde bem como a população em geral para esta área.”

 

Comunicado/SO/SP

 

In “Jornal Económico”