Portugal é um dos países em que as esperança média de vida aumentou mais do que seria esperado, atendendo ao seu nível de desenvolvimento, conclui um estudo internacional publicado na revista médica britânica The Lancet.
Segundo o estudo “Global burden of disease 2016” (Peso global da doença), a esperança média de vida em Portugal, em 2015, era de 83,9 anos para as mulheres e de 77,7 anos para os homens, ultrapassando a esperança média de vida global (obtida entre todos os países analisados), que era de 75,3 anos para as mulheres e de 69,8 anos para os homens.
O trabalho, que avalia dados de 1970 a 2016 sobre as causas de morte e doença em 195 países e territórios, coloca Portugal ao lado da Etiópia, das Maldivas, do Nepal, do Níger e do Peru na lista de “países exemplares que podem fornecer informação sobre políticas bem-sucedidas que ajudaram a acelerar o progresso na saúde”.
De acordo com a meta-análise, coordenada pelo Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da universidade norte-americana de Washington, os seis países tiveram “grandes aumentos na esperança média de vida, muito além do que seria expectável com base no seu nível de desenvolvimento”.
O Japão continua a ser o país com a mais alta esperança média de vida (86,9 anos para as mulheres e 80,7 anos para os homens), ao contrário da República Centro-Africana, que tem a mais baixa (52,1 anos para as mulheres e 47,4 anos para os homens).
O estudo, revisto anualmente, teve contributos de instituições portuguesas, como o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, o Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, em Almada, e a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto.
In “Jornal Económico”