As unidades de saúde devem ser “locais mais propícios à promoção da atividade física”, sendo necessário capacitar os profissionais de saúde para promover a mudança comportamental dos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), defendeu Pedro Teixeira, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física da Direção-Geral da Saúde (DGS) em entrevista à agência Lusa.
Com esta finalidade, os sistemas informáticos das unidades de Saúde vão passar a incluir três perguntas a colocar pelos médicos de família aos utentes para saber quem cumpre as recomendações atuais para a atividade física. No mesmo momento em que se faz a avaliação do peso corporal ou da tensão arterial será possível determinar se a pessoa é ou não fisicamente ativa.
Após a avaliação, o profissional de saúde deve, segundo Pedro Teixeira, “discutir com o utente qual a atividade física mais apropriada, realizando depois um aconselhamento à prática com base num protocolo pré-definido, que demora entre 1 a 5 minutos”. Para este efeito, estão a ser produzidos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e pela DGS ferramentas informáticas que darão suporte a este aconselhamento e permitirão também, no futuro, monitorizar a atividade física dos utentes que usem a aplicação MySNS.
Na próxima semana, Lisboa acolhe, nos dias 15 e 16, o Simpósio Internacional Exercise is Medicine, que é organizado pela Faculdade de Motricidade Humana e pela Direção-Geral da Saúde e onde especialistas nacionais e estrangeiros vão debater a forma como o sistema de saúde português se vai adaptar nos próximos anos de modo a ser mais eficaz a ajudar os cidadãos a serem fisicamente ativos.
Tânia Cova
In “Tribuna da Madeira”