Pessoas entre os 18 e os 50 anos estão na faixa etária mais afectada.

 

Portugal tem até hoje 285 casos notificados de hepatite A, num surto que começou no início do ano e afecta outros países europeus, segundo a Direcção-geral da Saúde (DGS).

De acordo com a última actualização, publicada no site da DGS, a quase totalidade dos casos — 93% — ocorreram em homens e em mais de metade — 56% — o contágio ocorreu por via sexual.

 

A maior parte dos casos estão concentrados na Região de Lisboa e Vale do Tejo e o grupo etário mais afectado está entre os 18 e os 50 anos, com 255 casos.

 

Na semana passada, a DGS actualizou a norma sobre a hepatite A e os viajantes que pretendam levar a vacina da hepatite A deixaram de precisar de submeter o pedido à Direcção-geral da Saúde, bastando ter a prescrição do médico.

 

Em Abril, com o país em pleno surto deste vírus, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excepcional e o médico prescritor da vacina tinha de contactar previamente a autoridade de saúde. Esta medida prendeu-se, na altura, com uma necessidade de controlar o stock de vacinas, de modo que a chegar aos grupos prioritários, como contactos íntimos ou familiares de infectados e homens que têm sexo com homens de forma desprotegida.

 

No que respeita a estes grupos prioritários, continua a não ser necessária qualquer validação da vacina por parte da DGS, sendo a imunização gratuita, a cargo do Serviço Nacional de Saúde.

 

A própria Direcção-geral da Saúde já admitiu que a procura de vacinas não foi, de princípio, a que se desejava, tendo até sido constituída uma unidade móvel para ir ao encontro das populações de risco potencial.

 

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior em 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infecção não provoca cronicidade e dá imunidade para o resto da vida.

 

In “Público”