Sintomas são silenciosos e podem ser confundidos com alterações naturais do organismo.
Cerca de 30 mulheres morrem em média todos os meses em Portugal com cancro do ovário, a oitava doença oncológica mais mortal no sexo feminino, registando-se anualmente mais de 600 novos casos.
Os especialistas alertam que os sintomas do cancro do ovário são silenciosos e muitos deles podem ser confundidos com alterações naturais do organismo, o que torna a deteção precoce da doença muitas vezes difícil. Inchaço abdominal, alterações intestinais, desconforto ou dor pélvica, perda de apetite, dores lombares ou alterações urinárias estão entre os sintomas da doença, segundo uma informação de diversos peritos preparada a propósito do Dia Mundial do Cancro do Ovário, que se assinala na segunda-feira. Entidades como a Sociedade Portuguesa de Oncologia ou a Liga Portuguesa Contra o Cancro alertam que é fundamental detetar estes tumores antes que se disseminem, uma vez que as mulheres tratadas em fase inicial têm maior probabilidade de sobrevida a longo-prazo. Contudo, não há atualmente testes de rastreio eficazes para o cancro do ovário, embora decorram vários estudos científicos para ajudar a determinar o tumor na sua fase inicial. Assim, o diagnóstico só pode ser obtido através dos sinais e sintomas e de testes sanguíneos, exames internos e externos do abdómen, TAC ou ressonância magnética e nalguns casos através de laparoscopia. Os tratamentos passam essencialmente pela cirurgia, que é considerada a primeira linha na maioria dos casos, embora também a quimioterapia possa ser recomendada. Em Portugal, o cancro do ovário é o nono cancro mais comum nas mulheres e o oitavo mais mortal, levando à morte de uma média de 380 mulheres todos os anos.
In “Correio da Manhã”