Assinala-se hoje, o Dia Mundial da Asma (DMA), doença respiratória crónica que afeta 700 mil portugueses e 300 milhões de pessoas em todo o mundo.“Que a Asma não te pare!” é o lema da campanha do Instituto Mundipharma.
Esta iniciativa tem como objetivo principal sensibilizar estes doentes para a importância de terem a doença controlada, para que possam ter uma vida o mais normal possível, sem limitações.
Cada nove em 10 doentes com asma não controlada tem perceção errada do estado de controlo da sua doença, o que pode dificultar a procura de melhor tratamento e controlo. Uma das consequências do mau controlo são as agudizações de asma com necessidade de internamento, consultas de urgência e o absentismo à escola e ao trabalho. Atualmente, as principais dificuldades no controlo da doença são a inadequada adesão ao tratamento regular e contínuo e a utilização incorreta dos dispositivos inalatórios. E isto leva a que quase metade dos asmáticos portugueses não tenham a doença controlada (43% da população geral e 51% da população pediátrica).
Esta campanha conta com a participação de José Mata como protagonista de um vídeo de sensibilização para o diagnóstico e controlo da asma que será divulgado nas redes sociais e em spots de TV. A iniciativa pretende, desta forma, chamar a atenção destes doentes para o facto de existir uma solução para o seu problema respiratório crónico. É responsável por frequentes faltas ao trabalho ou escola e limitações na participação nas atividades habituais do dia-a-dia, bem como na qualidade de vida dos doentes. Estes custos sócio-económicos ocorrem especialmente, quando o insuficiente controlo da patologia origina a necessidade de cuidados de saúde urgentes e/ou de internamento hospitalar.
De um modo geral, em Portugal, os doentes com asma menos controlada caracterizam-se por serem de classes sócioeconómicas mais desfavorecidas, terem menor grau de escolaridade, serem de idade pediátrica ou idosos e terem um índice de massa corporal aumentado.
Importantes avanços têm ocorrido no conhecimento da fisiopatologia destas doenças e atualmente existem fármacos eficazes, bem como consistentes orientações para o seu tratamento.
Mário Morais de Almeida, alergologista e presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos, explica que “a asma é uma doença crónica que pode e deve estar controlada. E está nas mãos do asmático e dos seus cuidadores alcançar este objetivo que reduz custos e aumenta a qualidade de vida”.
Esta campanha conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a Fundação do Pulmão, a Associação Portuguesa de Asmáticos (APA) e do Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF)
In “Jornal da Madeira”