A fadiga visual é um problema que afeta sete em cada 10 portugueses, devido à crescente utilização de dispositivos digitais, constituindo um dos riscos laborais mais frequentes do século XXI. Esta síndrome começou a ser diagnosticada quando os computadores pessoais se tornaram mais comuns.
As causas diretas da fadiga visual digital são o uso excessivo de dispositivos digitais (computadores, smartphones, tablets, televisões), o que provoca sintomas como a secura ocular, cansaço, dor de cabeça, dificuldade em focar, lacrimejar excessivo e vermelhidão.
Além dos profissionais que trabalham maioritariamente com computadores, os jovens, millennials e jogadores de videojogos são também os mais afetados por este problema. Duas horas em frente a ecrãs é suficiente para que os utilizadores fiquem em risco de sofrer estas dificuldades devido a um período de tempo prolongado de trabalho a uma distância de leitura tão próxima. Atualmente mais de 50% dos jovens entre os 18 e os 34 anos passam nove horas ou mais por dia com dispositivos digitais. Manter o foco nos dispositivos digitais cria stress no sistema acomodativo do olho, o que pode levar ao cansaço nos olhos e outros sintomas de fadiga visual digital. O desconforto relacionado com o uso de dispositivos digitais está muitas vezes relacionado com a secura ocular e estes utilizadores têm uma taxa de pestanejo reduzida enquanto olham para os monitores, o que resulta em alterações na película lacrimal normal.
Para Fernando Trancoso Vaz, do Grupo Português de Ergoftalmologia da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, o Síndrome da Fadiga Ocular com uso de computador, ou outros aparelhos digitais, é responsável por um número crescente de queixas de desconforto e cansaço ocular (astenopia) que motivam uma observação numa consulta de Oftalmologia. Nem sempre se observa alterações refrativas (óculos) embora os pacientes se queixem de baixa visão sobretudo no fim do dia. É possível hoje com certas medidas, posturais e variações da distância de visão, atenuar os sintomas e aumentar o conforto e produtividade quando do uso desse tipo de dispositivos.
Em Portugal recentemente foram lançadas as Biofinity Energys, umas lentes de contacto pioneiras e únicas no mercado, que atuam na redução do esforço que os olhos fazem ao constantemente terem que alternar o foco entre os monitores e proporcionam uma hidratação suficiente para aliviar a secura, os olhos vermelhos e a dificuldade de focar. Estas lentes combinam as inovadoras propriedades óticas, um material avançado em silicone hidrogel e uma superfície suave e naturalmente hidratada para um conforto duradouro.
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.
In “Jornal da Madeira”