Se tiver perdido o boletim de vacinas, basta ir ao centro de saúde pedir novo documento. Mas registos podem não estar actualizados. Se não sabe se teve sarampo, pode fazer um teste.

 

Os profissionais de saúde e as pessoas que transportam doentes, como os bombeiros, devem fazer duas doses de vacina contra o sarampo porque estão mais expostas a um eventual contágio, e essa indicação já existe há muito tempo, recorda a médica e consultora da Direcção-Geral da Saúde Paula Valente. Já as pessoas com entre 43 e 27 anos, que fizeram apenas uma dose da vacina (porque só a partir de 1990 se começou a vacinar com duas doses as crianças em Portugal), apenas devem ser revacinadas se tiverem tido contacto com um doente, explica.

 

A recomendação de vacinação com duas doses existe, mas os profissionais de saúde "não são habitualmente os melhores doentes", corrobora Luís Varandas, da Comissão de Vacinas da Sociedade de Infecciologia Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Pediatria. O que a DGS recomenda agora é a vacinação dos contactos próximos de doentes e a antecipação da vacinação em bebés a partir dos seis meses apenas está prevista se tiverem estado próximo de pacientes. As pessoas que foram inoculadas com uma dose, em caso de contágio, normalmente têm casos leves da doença e essa é a grande vantagem da vacina, nota o especialista. "Mas nada é 100% eficaz", frisa.

 

Para todos aqueles que perderam o boletim de vacinas e ignoram se foram ou não vacinados contra o sarampo, a solução é ir ao respetivo centro de saúde pedir um novo documento. Os registos mais antigos podem, porém, não aparecer ou não ser fidedignos, diz Luís Varandas. Nesse caso, se quiser mesmo tirar dúvidas, é sempre possível fazer um teste serológico para perceber se tem anticorpos.

 

ALEXANDRA CAMPOS

 

In “Público”