Entre o mês de maio e junho irá decorrer um conjunto de ações de formação destinadas aos médicos de clínica geral, aos enfermeiros dos centros de saúde e de alguns serviços do hospital, com o intuito de reduzir – através da prevenção - o número de casos de pessoas que sofrem com o problema do pé diabético.
Segundo a médica endocrinologista Margarida Ferreira, o objetivo é implementar um sistema de informação mais claro, «mais pessoal e personalizado», com uma linguagem mais «acessível» para que o doente esteja mais atento aos primeiros sintomas do pé diabético, mas apostando sobretudo na sua prevenção. Os enfermeiros serão os principais agentes na transmissão da informação, não só ao doente como também à família e aos cuidadores.
«Penso que ao fim de um ano e meio já teremos muitos resultados. Pretendemos reduzir 50% dos casos de pé diabético», disse a médica, uma das principais responsáveis pelo projeto, acrescentando, ainda, que através destas ações de formação poderá ser possível diminuir para metade o número de internamentos que decorrem deste problema de saúde, bem presente na população madeirense e que muitas vezes tem um desfecho dramático, com a amputação do membro inferior. Margarida Ferreira falou ao JM após uma reunião que decorreu hoje à tarde, sobre este tema, na secretaria regional da Saúde, onde esteve presente o secretário regional, Pedro Ramos.
«Os enfermeiros vão fazer ações de formação no serviço de endocrinologia de maneira a abordarem melhor estas lesões. Além disso, no hospital vai ser implementado, ao nível do serviço de informática, um sistema mais eficaz para que haja um melhor diálogo entre os centros de saúde e o hospital», realçou Margarida Ferreira.
Cláudia Caires Sousa
In “Jornal da Madeira”